Acesse Nossas Redes Sociais

Dicas

A Passagem (2022) – Crítica do filme

Publicado

em

O filme A Passagem estreou nos cinemas no dia 10 de setembro desse ano. Contando com 1h30min de duração, ele é estrelado por Jennifer Lawrence, Neal Huff, Han Soto, Linda Emond, entre outros. A direção é de Lila Neugebauer e uma das produtoras é a própria Jennifer Lawrence. Permaneça lendo essa crítica aqui no Informação em Foco para saber mais.

a-passagem-critica-do-filme-1

A Passagem (2022) – Crítica do filme. Créditos da imagem: Jornada Geek/Reprodução

Sinopse de A Passagem (2022)

A Passagem retratada nada mais, nada menos do que a ex-soldada estadunidense Lynsey, que sofreu uma lesão cerebral ao lutar no Afeganistão. Ela foi enviada de volta para os EUA, a fim de se recuperar da lesão, processo esse que foi relativamente demorado. Quando ela finalmente se recupera, ela retorna para sua vida e sua casa em Nova Orleans, onde tenta se adaptar à rotina, ao passo em que exibe claros sinais de trauma.

A vida depois do trauma

Jennifer Lawrence felizmente retorna às telas com A Passagem e evidencia, mais uma vez, o quanto ela é uma atriz maravilhosa, da mais alta qualidade e competência. Como diz a maravilhosa Isabela Boscov “ela é queridinha não porque é simplesmente a queridinha, mas porque é boa mesmo”. O filme mostra bem o talento da atriz e de captar e transmitir as dores da personagem.

Cabe aqui também um destaque a atuação de Bryan Tyre Henry, que fez o papel de James Aucoin, o mecânico que se tornou amigo de Lynsey. O ator é deveras talentoso e serviu muita verdade, muita profundidade e densidade em sua interpretação do personagem, o qual também passou por uma situação traumática, que foi um acidente de carro, no qual perdeu não somente uma das pernas, mas também a esposa e a filha pequena.

A Passagem é um filme que não traz nenhuma novidade em termos de tema: retrata, assim como “Guerra ao Terror” e Sniper Americano, ex-soldados que atravessaram uma situação de guerra e agora tentam se recuperar do trauma. Nesse aspecto, é um ponto “negativo” do filme”.

Contudo, A Passagem se diferencia não apenas por inserir uma protagonista mulher e lésbica nessa temática, mas por apostar em aspecto de introversão ainda maior. Ao contrário dos outros filmes similares citados, não se recorre a nenhum tipo de flashback ou alguma maneira de se relembrar de maneira visual do trauma da guerra e da explosão que provocou a lesão cerebral. Tudo o que aconteceu, tudo o que ela passou, tudo o que ela sentiu e pensou no contexto do seu trauma é evidenciado por suas expressões, por seu olhar, ao evidenciar toda a dor interna que a personagem possui. Esse é um dos maiores diferenciais desse filme, essa forma de mostrar o sofrimento do trauma através da “introspecção” e expressão emocional.

A Passagem mostra justamente esse momento de transição na vida da personagem, onde ele tenta seguir com sua vida, com trauma e tudo. Ele mostra a grande questão da personagem, a dúvida de sua vida, sobre se volta para o Exército, volta a atuar como soldado e sai daquele ambiente ou se, pelo contrário, se fica por ali e tenta reconstruir sua vida naquele lugar.

A Passagem evidencia, entre várias coisas, o valor da amizade na superação dos problemas ou ao menos na tentativa de lidar com eles. Em sua amizade com James, a vida de Lynsey ganha algumas novas cores, alguns novos significados. Por vezes, quando passamos por algo muito difícil em nossas vidas, precisamos de um olhar externo, uma “mãozinha” de alguém para enxergar valor em nós mesmos e nossas vidas.

O filme é redondinho, bem amarrado, sem pontas soltas, uma narrativa bem construída. A crítica negativa fica para a cena da piscina, onde Lynsey acaba beijando James por “pena” e eles brigam. O ponto aqui não é eles terem brigado, mas sim como ocorreu. Lynsey é uma mulher lésbica e é extremamente lesbofóbico fazer uma cena onde ela beija, por um motivo qualquer, o amigo homem. Para que isso? Para que fazer a personagem fazer isso, desrespeitando a sexualidade dela? Sem falar que é uma cena que acaba sendo um tanto quanto racista e capacitista. Foi tremendamente desnecessário. A briga poderia acontecer de outra maneira, por outras razões, enfim, ser feita de outra forma, se a ideia era forçar Lynsey, através do conflito, a mudar de pensamento e atitude a vida que deixou para trás e a que talvez deixasse novamente se decidisse ir embora.

 

 

Para mais informações sobre o artigo, e/ou achou algum erro de gramática/conteúdo desatualizado? Não hesite em entrar em contato nos comentários abaixo ou enviando um e-mail para: [email protected] - Estamos em constante desenvolvimento e atualização para trazer o melhor conteúdo para você! Siga-nos no Google News

Graduada e Mestre em História pela Unesp. Moro no interior do estado de São Paulo. Redatora web há 5 anos. Trabalhei para agências de conteúdo como Rock Content, Leads Conteúdo Web, Ideal Digital, Contenu e Pandartt e portais de notícias, como Diário Prime News, Tecnonotícias, SaúdeLab, Giro Econômico e Carros Híbridos. Faço parte da equipe de redação do IEF Informação em Foco, escrevendo sobre economia. Contato: [email protected]

Clique para comentar

Deixe um comentário Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MAIS PROCURADOS