Eleições: São Paulo ganha 62 mil eleitores de 16 e 17 anos

O número de eleitores aptos a votar no estado caiu para 3% entre fevereiro de 2020, um mês antes do início da pandemia ocasionada pela Covid-19, e abril de 2022, de acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral.

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São Paulo registra aumento de eleitores de 16 e 17 anos

O estado de São Paulo registrou aumento de 62.006 eleitores de 16 e 17 anos entre fevereiro de 2020, um mês antes do início da pandemia da Covid-19, e abril deste ano. Apesar do número, a Globo News chegou a apresentar com base na Estatística do Eleitorado do Tribunal Superior Eleitoral(TSE) que, no mesmo período, ocorreu uma diminuição de 62.299 eleitores de 60 anos ou mais.

Segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral, o eleitorado total do estado recuou em 3% entre o período de fevereiro de 2020 e abril deste ano, sendo um total de 33,4 milhões para 32,6 milhões. Ou seja, 875.834 eleitores a menos.

Ao considerar exclusivamente os eleitores de 16 e 17 anos, o grupo passou de 219,7 mil para 281,7 mil pessoas aptas a votar. Já para os idosos de 60 anos ou mais, a queda é de 7 milhões para 6,9 milhões. 

Presidente da Associação Brasileira de Estudos Populacionais e professor do Departamento de Demografia da Universidade Estadual de Campinas(Unicamp), Roberto Luiz do Carmo, aponta diferentes aspectos do ponto de vista demográfico que podem estar por trás da redução do eleitorado apto a votar no colégio eleitoral brasileiro.

De acordo com isso, é incluso o impacto da Covid-19 que matou, de forma centrada, os mais idosos, e o fato de que parte de quem tem 80 anos ou mais neste ano ter nascido durante os anos da Segunda Guerra Mundial(1939-1945), fato que, de forma histórica, diminuiu as taxas de natalidade daquele período. 

Segundo o professor, a população que pode ter nascido no período da Segunda Guerra Mundial há uma tendência de redução da natalidade. O que pode ser um processo que impacta os números. Ou seja, nasceram menos pessoas naquele marco histórico. Sendo este, o primeiro conjunto de fatores, os nascimentos. Já no segundo momento, os fatores são as mortes que, com o impacto da pandemia, nestes últimos dois anos, observa-se que a mortalidade foi a maior nos grupos etários dos mais idosos. O que pode ser o impacto sentido.

Expectativa de vida em São Paulo cai pela primeira vez desde série histórica

Por causa da pandemia ocasionada pela Covid-10, a expectativa de vida ao nascer no estado de São Paulo caiu pela primeira vez desde o início da série histórica que começou a ser calculada em 1940. 

O estado enfrenta uma transição demográfica marcada pelo envelhecimento acelerado da população. Em consequência, os números de eleitores aptos nas faixas etárias mais jovens caíram ao longo das últimas eleições, fato que foi verificado do período da pré-pandemia para os tempos atuais. 

Um exemplo disso é que o grupo de eleitores de 25 a 34 anos, ocorreu uma diminuição de, pelo menos, 385 mil eleitores aptos, ou seja, de 6,6 milhões para 6,2 milhões no período da pré-pandemia e em abril deste ano. 

Já entre os eleitores de faixa etária de 35 a 44 anos, a queda foi de 723 mil pessoas aptas a votar, ou seja, de 6,9 milhões para 6,2 milhões. 

Idosos são grupo com registro significativo de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia

Segundo os dados do SIVEP-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) confirmam que os idosos são grupos com registro significativo de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia.

O levantamento realizado pelo cientista de dados e coordenador da Rede Análise Covid-19, Isaac Schvarstzhaupt apontou que, entre o início da pandemia e 1º de maio de 2022, cerca de 35.308 pessoas de 80 anos ou mais morreram de Covid-19 no estado.

O que representa 22% de um universo de 161.785 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave com confirmação de Covid.

No Brasil a proporção destas mortes é de 130,8 mil (23%) ante a um total de 579.055 mortes por SRAG com confirmação de Covid até o dia 1º de maio. 

Segundo as projeções populacionais do IBGE, o grupo de 80 anos ou mais reúne pelo menos 4,7 milhões de pessoas, o que representa 2,2% da população brasileira que é estimada em 214,2 milhões. 

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