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São Paulo é Campeão em Mortes de Pessoas Trans há 3 anos Consecutivos

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Segundo levantamento, em 2021 o Estado de São Paulo registrou o maior número de mortes de pessoas trans pelo terceiro ano consecutivo

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Mortes de Trans em São Paulo

Os dados são da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que registrou 25 (vinte e cinco) assassinatos de pessoas trans no ano de 2021. Este dado é quase o dobro de assassinatos de pessoas trans na Bahia (13 pessoas), segundo lugar na pesquisa.

Os dados também apontaram que São Paulo liderou o ranking de mortes de pessoas trans pelo terceiro ano consecutivo. Ao longo de 2021, o país registrou o assassinato de 140 (cento e quarenta) pessoas trans. Destes, 135 (cento e trinta e cinco) eram travestis e mulheres transexuais e 5 (cinco) eram homens trans e homens transexuais.

Os dados foram divulgados pelo portal G1 na sexta feira (28), considerando a proximidade do Dia Nacional da Visibilidade Trans, que é comemorado no sábado (29).

O Brasil registrou 781 (setecentos e oitenta e um) assassinatos entre os anos de 2017 e 2021, sendo que o Estado de São Paulo foi o mais violento do período, com 105 (cento e cinco) homicídios.

O levantamento efetuado pela Antra, a maioria das vítimas tinha idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove) anos e 81% eram travestis ou mulheres trans negras.

Como enfrentar o problema?

Bruna Benevides, secretária da Antra discorreu sobre medidas necessárias para combater esse tipo de agressão. Para ela, o Estado de São Paulo necessita se conscientizar da problemática real enfrentada pelas pessoas trans e implementar políticas que visem a coibir esse tipo de violência e a invisibilidade do grupo.

Benevides afirmou que “Por um lado nós temos uma população em extrema vulnerabilidade, invisibilizado para políticas públicas. E, por outro lado, temos o Estado omisso que não reconhece a violência específica e que, portanto, não tem implementado ações também específicas para enfrentar esse tipo de violação”.

Por fim, ainda completou: “São Paulo precisa, urgentemente, implementar ações políticas públicas pensando no enfrentamento e a erradicação da violência contra pessoas trans e assassinatos, inclusive pensando em articulações com outras secretarias com os sistemas de Justiça e os movimentos sociais para esse enfrentamento”.

Tolerância frágil

As pessoas trans têm vivido sob tolerância frágil segundo pesquisa que contabilizou as 140 (cento e quarenta) mortes em 2021.

Os crimes praticados contra a população trans costumam ser executados com crueldade, como o caso da travesti queimada viva em junho/21 na cidade de Recife/PE.

A conscientização do brasileiro acerca do respeito ao próximo continua longe da ideal. Mesmo com os termos como “transexual” e “travesti” ficando mais acessíveis em razão de eleição de vereadoras trans em 2020 e, recentemente, participação da trans Linn da Quebrada no BBB 22, a população trans brasileira continua vivendo sob regime de extrema vulnerabilidade.

Benevides afirma que “As pessoas têm medo de se aproximar das pessoas trans/travestis. (Vivemos) sob uma tolerância muito frágil. Somos vistas como ameaça”.

Ela é responsável pela produção do dossiê mostrando os números de 2021 e que será entregue na sexta feira (28) à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), na cidade de Brasília/DF.

A pesquisa é realizada de acordo com informações que são encontradas em órgãos públicos, organizações não-governamentais, reportagens e relatos de pessoas, tendo em vista a ausência de dados oficiais sobre o tema.

Em termos mundiais, pelo 13º ano o Brasil lidera o ranking de país onde mais se mata pessoas trans, sendo seguido do México e Estados Unidos. Estes dados são da ONG Transgender Europe (TGEU) que registrou 375 (trezentos e setenta e cinco) assassinatos de pessoas trans no mundo em 2021.

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