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Economia

2023 conta com desafios e perspectivas sobre o meio ambiente, confira as opiniões sobre o tema

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Climas extremos 

O Hemisfério Norte lutou contra uma seca histórica neste ano de 2022. Além da seca, ondas de calor não foram pontuais nestes últimos meses, tal modo que o Brasil também teve de lidar com o caos causado pelas incessantes chuvas. O comboio apesar de parecer completo ainda conta com grandes taxas de desmatamento, queimadas e a constante ineficiência do governo federal para resolver o problema que preocupa não só os ativistas e lideranças indígenas, mas também órgãos de controle do governo. 

Apesar de ser um tema sério, grande parte da população parece não entender a gravidade do assunto. Por conta disso, o G1 teve a iniciativa de chamar os climatologistas e ativistas ambientais para falar sobre o assunto. 

Visões diferentes e impactos desiguais afetam sobre o tema

De acordo com o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, os mais vulneráveis são os que continuam a sofrer com a crise do clima e as consequências dele. Segundo o diretor do programa da Universidade de Yale (EUA), Anthony Leiserowitz, mesmo com as centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, poucos sabem ou nada sobre as mudanças climáticas, em países mais vulneráveis ou em desenvolvimento, grande parte estão cientes das consequências locais, grande parte por conta do aumento de eventos extremos. Apesar da afirmativa, o diretor afirma que não há o conceito de mudança climática que consiga informar as decisões futuras. O tema, por mais conhecido ou não que seja, ainda não é levado como uma ameaça pessoal aos países mais ricos e, por isso, não há mudanças imediatas. 

A informação pode ser encontrada na pesquisa da Escola de Meio Ambiente de Yale que obteve mais de 108 mil respostas de usuários do facebook maiores de 18 anos de pessoas de 192 países ao redor do mundo, incluindo o Brasil. A pesquisa concluiu que a maioria dos entrevistados não acha apenas que as mudanças climáticas estão acontecendo, como concordam que elas são, pelo menos parcialmente, causadas por seres humanos. 

Entenda o que pode ser feito em 2023 sobre o tema 

Segundo Barry Smit, professor de geografia da Universidade de Guelph no Canadá, é necessário não só informar sobre os fatos, mas fazer com que seja entendido a realidade que a modificação humana do clima está causando em todo o planeta. Além disso, é necessário expor o que isso implica na vida de cada um, afinal, é algo que afeta não só a própria vida em particular, mas gerações. Evitar a emissão de gases de efeito estufa e economias de baixa emissões vão beneficiar o meio ambiente, reduzindo os riscos climáticos.

Txai Surí, ativista indígena de 25 anos do povo Paiter Suruí, diz que a comunicação deve ser feita de forma mais simples, este trabalho não é fácil, já que os indígenas não usam linguagens científicas para explicar o que está acontecendo na Amazônia, por isso, defende que a comunicação seja simples de modo que estimule a identificação com a causa. De acordo com Txai, enfatizar a maior floresta tropical que abriga plantas que curam uma variedade de doenças é um dos meios mais viáveis.  

Falta de compreensão sobre o tema é o distanciamento sobre a realidade

Txai ainda relatou que as pessoas se dizem preocupadas e não vão para a ação por conta de que o olhar para a pauta ambiental é como uma realidade muito distante. Segundo a jovem, “Quem está em São Paulo ou quem está no Rio de Janeiro não sabe das coisas que estão acontecendo na Amazônia tanto quanto qualquer pessoa fora do Brasil”. A percepção diferença só ocorre, porque aqueles que são afetados primeiro são os povos originários. Um claro exemplo disso é o garimpo ilegal que não vai na porta de um morador de grandes cidades, mas desafia autoridades locais e invade terras indígenas. 

Com esse pensamento, vale salientar que a não percepção de outras realidades faz com que o assunto sobre mudanças climáticas pareça distante. Entretanto, assim como pudemos mudar os hábitos para prevenir-se contra a Covid-19, é preciso estar atento aos hábitos para evitar a catástrofe ambiental. 

O ano que vem aguarda ações sobre o assunto e, é claro, mais conscientização sobre os desafios e consequências causadas pela mudança climática.

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Formada Técnica em Serviços Jurídicos e em Finanças pela ETEC. Estudante de Gestão Empresarial pela FATEC. Possui experiência como redatora, ghostwritter e consultoria jurídica. Apaixonada por livros e felinos. Contato: [email protected]

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