Diretor da Anvisa alega que Advocacia-Geral da União quer dar um golpe na vacinação infantil

A petição que apresentou erros vacinais em crianças sofre duras críticas e AGU acusa autopromoção de diretor

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Anvisa Vacinação Infantil

Petição com erros vacinais em crianças sofre duras críticas

A petição que foi protocolada pela Advocacia-Geral da União (AGU) denunciava ao Supremo Tribunal Federal(STF) mais de 57 mil aplicações incorretas de vacinas contra a Covid-19 em crianças. A medida foi alvo de críticas por parte dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A votação que aprovou o uso da CoronaVac em crianças a partir dos 6 anos entrou em vigor apenas nesta quinta-feira(20). O diretor Alex Machado levou o assunto à tona, sustentando que a AGU promoveu a desqualificação, de desconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, a fala foi rebatida pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco.

Diretor da Anvisa aparentou estranheza e perplexidade diante da atitude da AGU

Sendo bacharel em direito, o diretor da Anvisa demonstrou ‘estranheza’ e ‘perplexidade’ com a forma que a AGU respondeu às Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) 754 e 756 ações de partidos políticos recorreram ao STF contra a interrupção de tratativas para a compra de vacinas do Instituto Butantan.

“Ao levantar e alegar um conjunto de dados que, até então, não foram aventados no conjunto das políticas que têm sido discutidas no país, a petição surge como uma forma de desafiar o SUS, pondo em dúvida a qualificação de uma estrutura que é respeitada no mundo todo”.

Ainda de acordo com o diretor da Anvisa, Alex Machado, a atitude foi uma espécie de golpe na vacinação das crianças usada para o exercício da mentira e alimentar interesses políticos básicos.

Sem entrar no mérito da veracidade dos dados, o diretor disse que as informações servem como “grande pacto nacional de debate e aperfeiçoamento, e não para criar uma contenda com estados e municípios no início da vacinação das crianças”.

Como tudo ocorreu, há um movimento que gerou mais dúvidas sobre os benefícios da vacinação infantil e deu ênfase ao dizer que a vacinação infantil é um direito da criança, garantido pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

Alex Machado ainda acrescentou que “Não existe a máxima de ‘meus filhos, minhas regras’. As crianças não são objetos de direito, são sujeitos de direito. É direito das crianças se vacinarem e os pais devem ser convencidos do papel que têm na condução desse direito”.

As acusações levou Bruno Bianco a utilizar as redes sociais para rebater críticas

Bruno Bianco, advogado-geral da União, alegou que Alex Machado (diretor da Anvisa) busca se autopromover, dizendo que “para repor a verdade em relação à providência jurídica tomada no caso da vacinação de crianças e acabar, de uma vez por todas, com a mentira que está sendo dita por um diretor da Anvisa. Essa instituição tão respeitada e que está sendo usada pela promoção pessoal desse sujeito”.

Bianco defende que os dados pertencem a rede oficial nacional e que, por certo, dão conta de possíveis equívocos que chegaram de forma oficial ao Ministério da Saúde e disse que como advogados, há a obrigação de passar tudo o que ocorre quanto a questão da vacinação infantil.

Apesar dos debates entre os representantes de suas respectivas instituições, a vacinação infantil já está sendo aplicada nas crianças em diversos estados em crianças com e sem comorbidades, seguindo os critérios estipulados do Ministério da Saúde e das secretarias municipais.

Mesmo com a vacinação em massa de toda a população brasileira, é necessário que continuem sendo seguidos os protocolos de vacinação para evitar contágio e novas ondas de contaminação da doença.

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