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Empresa canadense faz lobby no Brasil por licença de mina de potássio na Amazônia

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A Brazil Potash Corp, com sede em Toronto, apresentou ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro nesta semana seus planos para reduzir a dependência de seu país das importações de fertilizantes interrompidas pela guerra na Ucrânia, abrindo uma mina de potássio na Amazônia.

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Empresa canadense faz lobby no Brasil por licença de mina de potássio na Amazônia

Mina de potássio na Amazônia

O proprietário da empresa, o banqueiro de investimentos Stan Bharti, se reuniu com Bolsonaro na segunda-feira para discutir o projeto de US$ 2,5 bilhões que está parado desde 2017 devido a uma licença ambiental suspensa, pendente de consultas com o povo indígena Mura.

Bolsonaro disse a Bharti que seu governo está comprometido em “desbloquear” projetos de fertilizantes, como a mina de potássio, que são estratégicos para o Brasil, disse o ex-senador Cidinho Santos, que participou da reunião, em um post no Instagram na quarta-feira.

A decisão de permitir a mina em Autazes, 120 quilômetros a sudeste da capital do estado, Manaus, não depende inteiramente de Bolsonaro. O projeto depende de uma decisão da juíza federal Jaiza Fraxe, que está monitorando as conversas com o povo Mura para garantir que eles tenham uma opinião justa.

Como os preços do potássio triplicaram no ano passado e a guerra ameaçou o fornecimento da Rússia e do Leste Europeu, a pressão para abrir a mina de potássio cresceu do setor agrícola brasileiro, que depende de importações para 85% de seus fertilizantes, necessários para aumentar a produtividade das colheitas.

O Brasil, maior produtor mundial de soja, depende das importações de potássio da China, Canadá e Marrocos, mas principalmente Rússia e Bielorrússia para quase metade do abastecimento do país. Essas exportações foram severamente prejudicadas por sanções contra a Rússia por sua invasão da Ucrânia. consulte Mais informação

A Potassio do Brasil, uma subsidiária da Brazil Potash, que é de propriedade integral do banco Forbes & Manhattan da Bharti, disse que levaria três anos para colocar a mina em operação, com uma produção de 2,44 milhões de toneladas por ano quando as licenças forem obtidas.

“Assim que a licença ambiental for restaurada, solicitaremos ao órgão de proteção ambiental da Amazônia IPAAM uma licença de instalação e começaremos a trabalhar”, disse o presidente-executivo Adriano Espeschit em comunicado por e-mail. “Esperamos estar produzindo em Autazes no início de 2026.”

Espeschit disse que a empresa reconhece o direito dos Mura de serem consultados sob a convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre povos indígenas e tribais, e as reuniões começaram após um atraso de dois anos devido à pandemia de COVID-19.

Respostas das autoridades envolvidas

O gabinete do juiz Fraxe não respondeu a um pedido de comentário sobre as reuniões. Claudio Mura, chefe de um conselho indígena local, não quis falar por telefone sobre o andamento das negociações.

O promotor Fernando Soave, que pediu pela primeira vez a suspensão da licença em 2016 porque os Mura não foram consultados, disse que não houve acordo em uma reunião com a tribo na terça-feira para decidir quais pontos controversos incluir nas negociações.

“As reuniões de pré-consulta ainda não começaram”, disse Soave à Reuters.

Seu escritório disse que a perfuração exploratória de depósitos de potássio pela empresa começou na região em 2009 sem consultar o povo Mura, que reivindica a área como terras ancestrais, embora sua reivindicação não tenha sido reconhecida pelo governo brasileiro.

A Brazil Potash disse que a entrada para a mina planejada não será em terras indígenas, que os Mura disputam, e que o impacto ambiental da mineração de depósitos de potássio a 800 metros (2.625 pés) abaixo do solo será insignificante.

O Ministério Público alertou para o significativo impacto social e cultural do projeto sobre o povo Mura. Espera-se que as consultas demorem tempo, pois envolvem 44 aldeias Mura.

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Graduada e Mestre em História pela Unesp. Moro no interior do estado de São Paulo. Redatora web há 5 anos. Trabalhei para agências de conteúdo como Rock Content, Leads Conteúdo Web, Ideal Digital, Contenu e Pandartt e portais de notícias, como Diário Prime News, Tecnonotícias, SaúdeLab, Giro Econômico e Carros Híbridos. Faço parte da equipe de redação do IEF Informação em Foco, escrevendo sobre economia. Contato: [email protected]

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