A conta de luz terá uma queda de 6% para determinado grupo de consumidores, confira

Por causa do descumprimento de contrato de empreendimentos que forneceriam energia de forma emergencial para o Brasil, os consumidores brasileiros poderão deixar de arcar com a cobrança extra de R$ 10 bilhões na conta de luz. Confira!

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Brasileiros deixarão de pagar fatura extra de R$ 32 bilhões gerada pela crise hídrica

Em outubro do ano passado, observando a crise hídrica que assolava o Brasil, o Governo Federal contratou o fornecimento de energia elétrica em caráter emergencial. Entretanto, os empreendimentos que prestariam estes serviços atrasaram, o que segundo as regras da licitação forçaram o cancelamento. Tal medida afeta exclusivamente os valores da conta de luz. 

De acordo com os cálculos realizados pela Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livre), após um pedido feito pela rede Globo, até o ano de 2025 seriam cobrados um total de R$ 10 bilhões a mais nas contas de energia elétrica. 

Para compreender melhor a situação, caso as usinas tivessem sido acionadas e os custos fossem repassados ao consumidor, a alta média da conta de luz seria um total de 6%. Com o cancelamento dos contratos feitos a cobrança extra não será acionada ou até mesmo repassada. 

Por conta do aumento de chuvas neste ano, não há riscos em não utilizar as usinas que haviam sido contratadas. 

Ao todo, foram contratadas 17 usinas. Entretanto, apenas 6 cumpriram o contrato e entraram em operação dentro do prazo estipulado, ou seja, até 1º de agosto de 2022. O governo, na época, previu o funcionamento destes empreendimentos para evitar uma possível seca neste ano também. 

Entenda melhor como afeta o descumprimento dos contratos na conta de energia elétrica

O governo enfrentou a pior crise hídrica em 90 anos e, por isso, foi realizada uma contratação de emergência com um contrato simplificado. O custo total da aquisição era de R$ 39 bilhões, que deveriam ser repassados como custo extra aos consumidores na conta de energia até o ano de 2025. 

Porquanto, assim que o valor do serviço oferecido caiu, as cobranças também não deverão ser atingidas. Segundo Victor Iocca, diretor de Energia Elétrica da Abrace, conseguir tirar o custo das termelétricas é um aumento nas contas que já é evitado para os consumidores. 

A estimativa do Ministério de Minas e Energia é que a conta de energia elétrica caia em uma média de 7%, já que a cobrança do imposto estadual ICMS foi limitado a 18% em todos os estados brasileiros. 

Crise hídrica em 2021 afetou diversos municípios 

O cancelamento chega após o descumprimento de diversas usinas contratadas não terem sequer cumprido o prazo estabelecido no contrato simplificado. A queda na conta de energia elétrica chega em meio a uma inflação alta e trabalhadores cada vez mais com poder de compra restrito. 

Em junho do ano passado, a ANA (Agência Nacional de Águas) declarou situação crítica de escassez hídrica em áreas de 5 estados, entre elas, o Triângulo Mineiro. 

Na época, Uberaba foi um dos principais municípios afetados pela situação de escassez. O Rio Uberaba é o principal manancial de abastecimento público da cidade e apresentou no ano passado um estresse hídrico em virtude da seca histórica que atingiu o Sudeste do país. 

A Codau (Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas) chegou a acionar o sistema de transposição do Rio Claro e programar o fechamento de reservatórios. Além disso, os moradores dos municípios afetados chegaram a ter um rodízio de água para promover a redução do consumo, já que não havia previsão adequada de cessamento da seca enfrentada. 

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