TRF da 3ª Região é alvo de ataque hacker e suspende trabalhos entre 4 e 12 de abril

Em comunicado nesta sexta-feira, o TRF-3 afirmou que prazos e atendimentos públicos da corte continuarão indisponíveis em novo período e os empregados devem trabalhar remotamente até o restabelecimento total dos serviços.

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Ataque hacker na quarta-feira atinge TRF 3ª Região

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região anunciou nesta sexta-feira que os prazos processuais e atendimentos públicos do tribunal, entre os dias 4 a 12 de abril continuarão suspensos devido ao ataque hacker sofrido contra a corte que aconteceu na quarta-feira. 

De início, a suspensão dos serviços iria ocorrer apenas dia 30 e 31 de abril, mas nesta sexta-feira, o tribunal fez a previsão da retomada completa dos trabalhos.

Através do comunicado divulgado, o TRF-3 ainda autorizou que os empregados locais trabalhem de forma retoma até que sejam restabelecidos os sistemas.

O tribunal também informou que não há previsão de restabelecimento dos serviços prestados. A suspensão dos trabalhos e prazos ocorre desde o dia 30. 

A Corte ainda disse que a Secretaria de Tecnologia da Informação possibilitou a identificação do ataque sofrido e também a definição da estratégia que deve ser seguida para apurar o fato, bem como uma restauração progressiva da infraestrutura tecnológica do TRF-3. Dentre as informações, a Polícia Federal já está investigando o caso.

Apesar de ataque, hackers não tiveram acesso ao conteúdo dos processos

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região é a maior corte federal nos estados e possui 43 desembargadores que são responsáveis por processos do estado de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. O ataque hacker aconteceu na quarta-feira e, na ocasião, o TRF-3 informou que os prazos processuais dos processos de 1º grau que tramitam na corte estavam suspensos entre os dias 30 e 31 de março. 

O comunicado também informa que os hackers não tiveram acesso ao conteúdo dos processos que estão armazenados nos servidores do tribunal.

Entretanto, por causa do ataque, a Polícia Federal esteve no prédio do TRF-3 no final da tarde quarta-feira para analisar a extensão do ataque sofrido e abrir inquérito para investigar a ação ilegal.

Ataque hacker não é a primeira vez no Judiciário

Vale lembrar que esse não é o primeiro ataque cibernético sofrido pelos tribunais ao redor do país. Em fevereiro de 2022, por exemplo, o TRF do Espírito Santo sofreu ataques semelhantes. De acordo com o TRF-ES foram detectados em 20 de fevereiro registros suspeitos de atividades maliciosas na infraestrutura e a equipe técnica da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações atuou no acidente logo em seguida para identificar o ataque.

O TRT-ES informou que foram tomadas medidas de isolamento e de danos potenciais, a fim de garantir a segurança das informações.

O Superior Tribunal de Justiça em 2020 também sofreu ataques e informou que o sistema havia sido invadido e, posteriormente, solicitou investigação da Polícia Federal.

Em junho do ano passado, a PF ainda prendeu duas pessoas durante a Operação “LEET” que possuía o objetivo de desarticular organização criminosa envolvida em ataques cibernéticos ao STF, ocorrido em maio do mesmo ano. 

As ordens de prisão foram expedidas pelo ministro do Supremo, Alexandre de Moraes. 

O site do Supremo Tribunal Federal na tentativa de invasão deixou o site fora do ar. Os técnicos chegaram a afirmar que as informações sigilosas não foram acessadas e tampouco houve sequestro do ambiente virtual, como ocorreu com o Superior Tribunal de Justiça em 2020.

Em todos os casos atuais, tanto a Secretarias de Tecnologia da Informação quanto a Polícia Federal foram acionadas para apurar o caso e fazer as devidas investigações.

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