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COVID-19

Pesquisadores apontam que a cada 5 dias hospitalizações por sintomas respiratórios vai dobrar

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A estimativa foi realizada pelo Observatório Covid-19 BR. A tendência de alta teria relação com a presença de um novo agente infeccioso, que pode ser a variante ômicron do coronavírus e/ou o vírus influenza H3N2.

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Alta nos casos de Covid e H3N2

Cresce o número de hospitalizações por sintomas respiratórios em São Paulo

O número de hospitalizações por sintomas respiratórios em São Paulo pode dobrar a cada 3 ou 5 dias por causa da presença de um novo agente infeccioso, de acordo com o Observatório Covid-19 BR. O Observatório é formado por um grupo de pesquisadores de diversas universidades que analisa os números da pandemia no país.

A projeção do grupo está levando em consideração o aumento brusco de internações por suspeita de Covid-19 na capital paulista. Entretanto, ainda não está claro se o responsável por este aumento é a variante ômicron do coronavírus ou o vírus da gripe influenza H3N2, ou até mesmo, ambos.

De acordo com os últimos dados disponíveis pelo Seade houve crescimento de 48,7% de crescimento em internações por suspeita de Covid-19

De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) divulgados nesta segunda-feira(20), foram registradas 1.218 internações por suspeita de Covid-19 nos últimos sete dias. O que representa um crescimento de 48,7% em relação aos sete dias anteriores, quando 819 novos pacientes foram admitidos no sistema de saúde com esses sintomas.

Os pesquisadores envolvidos emitiram um alerta sobre o crescimento no município e destacaram que a tendência de queda que vinha sendo observada nos últimos meses passou por uma inversão no começo de dezembro. O que não significa necessariamente péssimas notícias, mas um aviso sobre esse crescimento e inversão significativa nos dados.

De acordo com o professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e membro do Observatório, Roberto Kraenkel, a tendência projetada é similar a que tem ocorrido em outros países em que a variante ômicron circula há mais tempo, como no Reino Unido, onde as internações tem dobrado de 2 a 4 dias, mas que há possibilidades de outras variáveis exercendo um papel. Você pode conferir a entrevista diretamente aqui.

Ainda de acordo com o professor, é possível que o aumento de hospitalizações esteja sendo causado tanto pela variante ômicron quanto pelo vírus Influenza H3N2.

Para Kraenkel, independentemente da causa, são necessárias medidas imediatas para conter um cenário de piora da pandemia, incluindo a instrução do uso de máscaras mais efetivas, como os modelos PFF2 e N95, além da aplicação da dose de reforço da vacina.

Informações e dados perdidos em ataque cibernético

Os pesquisadores disseram que não é possível comparar a situação epidemiológica de São Paulo com outras cidades brasileiras, já que os sistemas de informações em saúde do governo federal estão enfrentando problemas desde o ataque sofrido neste mês de dezembro. Por conta disso, há uma perda de dados importantes para uma análise minuciosa.

Por conta disso, a pesquisa e análises sobre as relações do número de hospitalizações com a variante ômicron ou o vírus Influenza H3N2 será feito em um ritmo mais lento. O que significa que há um impedimento para as autoridades tomarem uma decisão rápida e assertiva sobre o que deve ser feito, principalmente nas festividades que ocorrem nos finais de ano.

Entretanto, a prefeitura de São Paulo, informou que tem registrado um aumento significativo na demanda de atendimento nas unidades de saúde a pessoas com sintomas gripais e que intensificou as ações de monitoramento com a realização de testes rápidos nas unidades de saúde presentes em São Paulo, como as UPAs, AMAs, PAs e pronto-socorros. O principal objetivo é facilitar o monitoramento sobre os pacientes que apresentam sintomas gripais.

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