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China proíbe compras de carne de três exportadores do Brasil por uma semana

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A Administração Geral das Alfândegas da China (GACC) suspendeu as importações de três exportadores brasileiros de carne bovina – JBS SA (JBSS3.SA), Marfrig (MRFG3.SA) e Naturafrig – por uma semana, informou o jornal Valor Econômico, citando um comunicado enviado ao embaixada em Pequim.

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China proíbe compras de carne de três exportadores do Brasil por uma semana. Fonte da imagem: Pixabay

As proibições chinesas contra a carne brasileira

A decisão afeta quatro usinas localizadas em Mato Grosso e São Paulo e entrará em vigor no sábado.

De acordo com o comunicado, os técnicos identificaram a presença de ácido nucleico do novo coronavírus na embalagem externa de quatro lotes de produtos congelados destas empresas enviados para a China.

A decisão afeta o frigorífico da JBS em Barra do Garcas no Mato Grosso e as plantas da Marfrig em Várzea Grande no Mato Grosso e Promissão em São Paulo, e o frigorífico Naturafrig em Pirapozinho, também no interior de São Paulo.

As empresas não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Na semana passada, o GACC suspendeu as importações de dois frigoríficos brasileiros de carne bovina e um produtor de aves, também por uma semana a partir de 8 de abril. Paulo de propriedade da Zanchetta, que não está listada.

O rali monstruoso da moeda brasileira pode ficar sem gás em breve, dizem analistas e autoridades do governo, já que os aumentos das taxas de juros dos EUA e os riscos para a economia chinesa ameaçam os fundamentos da principal moeda de melhor desempenho do mundo.

Análise: Os bloqueios Hawkish do Fed e da China ameaçam o rali cambial do Brasil

O real do Brasil ganhou mais de 18% em relação ao dólar americano até agora este ano, mais que o dobro da alta de qualquer outro par, já que aumentos agressivos das taxas atraíram fluxos de investimentos estrangeiros buscando distância da guerra na Ucrânia.

Embora as taxas de juros de dois dígitos do Brasil ainda possam oferecer um lucrativo carry trade para hot money, os iminentes aumentos das taxas do Federal Reserve dos EUA podem diminuir essa lacuna rapidamente. Os bloqueios agressivos da China para combater o COVID-19 também pesaram nos preços do minério de ferro, soja e petróleo que o Brasil exporta.

“Existem dois grandes riscos para o desempenho do real: o Fed elevando as taxas mais do que o esperado e uma forte desaceleração na economia chinesa que pode afetar os preços das commodities”, disse Alvaro Mollica, estrategista de mercados emergentes do Citigroup.

Uma nota de seus colegas do Citi Economics na quinta-feira sinalizou “uma moeda mais fraca à frente” para o Brasil, prevendo uma taxa de câmbio no final do ano de 5,19 reais por dólar – uma desvalorização de quase 10% em relação ao fechamento de quarta-feira.

Mesmo no Ministério da Economia do Brasil, que alardeou o salto no investimento estrangeiro e as vantagens de uma moeda mais forte para combater a inflação, algumas autoridades duvidam que a tendência continue indefinidamente. O governo do presidente de direita Jair Bolsonaro, que gerou enorme otimismo inicial entre os investidores, teve um histórico misto de reformas e privatização de ativos estatais.

“Infelizmente, não vi nenhum fator estrutural. Tudo parece circunstancial”, disse um funcionário, pedindo anonimato para fazer uma avaliação franca do mercado. “O dólar caiu muito, até abaixo de onde algumas instituições veem seu equilíbrio… Acho que há espaço para alguma reversão.”

A mesma autoridade destacou que a principal bolsa de valores do Brasil, que atraiu 69 bilhões de reais líquidos (US$ 14,7 bilhões) em fluxos estrangeiros este ano, não parece mais tão barata em dólares ou reais após um aumento de 11% este ano.

Outra fonte do ministério concordou que, além das taxas de juros do Brasil, os principais impulsionadores da alta da moeda foram “externos” e estão sujeitos a mudanças. Nem todos os funcionários são tão céticos.

Fausto Vieira, subsecretário de política macroeconômica do Ministério da Economia, disse que a regulamentação favorável aos negócios está impulsionando os investimentos em áreas como saneamento, onde os gastos de capital privado saltaram de 3 bilhões para 30 bilhões de reais anualmente.

O ministério projeta cerca de 360 ​​bilhões de reais em novos investimentos privados até 2025, ajudando a atrair fluxos de capital estrangeiro de longo prazo, independentemente dos efeitos de mercado de curto prazo.

No entanto, isso pode depender das eleições deste ano. O ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera Bolsonaro nas pesquisas antes da votação de outubro, prometeu reverter grande parte da agenda econômica do titular.

À medida que a corrida presidencial esquenta, analistas alertam que tanto Lula quanto Bolsonaro podem recorrer a uma retórica mais populista, aumentando a preocupação dos investidores com a disciplina fiscal do país.

Por enquanto, os prêmios de risco do Brasil caíram, observou o economista Jonathan Petersen, da Capital Economics, o que “pode ​​refletir preocupações desvanecidas sobre sustentabilidade fiscal e riscos políticos”.

“Mas se nossa perspectiva de queda nos preços das commodities e enfraquecimento do crescimento econômico se mostrar correta, essas preocupações podem ressurgir, especialmente antes da eleição”, disse ele a clientes em nota de quinta-feira, prevendo a taxa de câmbio em 5,0 reais por dólar até o final. Do ano.

Fonte/Crédito: Reuters

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Graduada e Mestre em História pela Unesp. Moro no interior do estado de São Paulo. Redatora web há 5 anos. Trabalhei para agências de conteúdo como Rock Content, Leads Conteúdo Web, Ideal Digital, Contenu e Pandartt e portais de notícias, como Diário Prime News, Tecnonotícias, SaúdeLab, Giro Econômico e Carros Híbridos. Faço parte da equipe de redação do IEF Informação em Foco, escrevendo sobre economia. Contato: [email protected]

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