All About E (2015) – Crítica do filme

O filme All About E estreou no ano de 2015. Dirigido por Louise Wadley, ele tem 93 minutos de duração. Dentre o elenco principal, está Mandahla Rose, Julia Billington e Bre Rogers. A obra encaixa-se no gênero comédia-dramática e romance. Continue lendo esta crítica aqui no Informação em Foco para saber mais.

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All About E (2015) – Crítica do filme. Créditos da imagem: Adoro Cinema/Reprodução

Sinopse de All About E (2015)

Elmira, ou pelo apelido com o qual é mais conhecida, E, é uma charmosa DJ lésbica australiana, que faz um sucesso considerável na balada em que trabalha. Ela sofre um bocado nas mãos do desagradável e tosco Johnny, dono do lugar. Ela mora e tem amizade com Matt, seu amigo que faz as roupas que ela usa no trabalho na boate. Contudo, a vida dos dois dá uma reviravolta, quando encontram uma mala cheia de dinheiro na casa. Eles resolvem fugir para ficar com o dinheiro, porém ninguém quer saber de abrigá-los. A única que aceita abrigá-los em sua fazenda é Trish, a ex-mulher de E.

Tudo sobre o que?

All About E, ou, em português, significa Tudo Sobre E. Ou seja, o título dá a entender que a obra vai mostrar quem é E, o que ela faz e por que, como vive, etc. Em partes o filme faz isso. Entretanto, toda a trajetória e história de E é contada de forma muito superficial e rasa, muito pincelada, sem se aprofundar minimamente em  nada.

Aliás, All About E usa aquele velho clichê da personagem que só quer saber de ter lances casuais na vida não porque realmente essa seja a “vibe” dela, a forma como ela verdadeiramente quer viver a vida, mas sim por conta de um coração partido. Clichês são bem vindos desde que sejam bem trabalhados ou outras coisas no filme compensem, o que não é o caso.

All About E tem uma narrativa e construção confusa e equivocada. O filme quer trabalhar com 2 plots, que queriam as peripécias de E e Matt para fugir de Matt e ficar com o dinheiro e a história de amor de E. Porém, eles pecam porque o romance com Trish fica relegado para um segundo plano, sendo que ele tem uma importância vital no presente e no passado de E.

Não obstante, a história do relacionamento dela é contada através de flashbacks, o que seria até um recurso interessante. Mas, nesse caso, não foi bem executado, os flashs são excessivamente curtos e pouco satisfazem enquanto mostrar um romance. Veja bem, o filme não é apenas sobre o romance entre elas, há a parte do plot de ação com o dinheiro também. No entanto, o romance é vital para a obra e mesmo assim é fracamente trabalhado.

O primeiro ato do filme consegue apresentar bem as personagens, situa-las na narrativa, o que é um merito. Contudo, esse mérito para por aí. O final é feito de forma excessiva e vergonhosamente corrida, estabanada e, o pior de tudo, com uma gravíssima falha no roteiro.

O furo em questão no roteiro diz respeito a um detalhe muito importante da história de E e Trish: E chegou a se casar com E, porém mesmo assim E não se assumiu para a família e sempre que esta a visitava, Trish tinha que fingir que era uma amiga. E alegava que era por conta da família, mas isso fez com que ela vacilasse com Trish justo no aniversário de relacionamento. Por conta disso, elas acabam se separando.

No fim do filme, em sua cena final, Trish aparece tocando clarinete, sua paixão que largou por X razões, junto com a sua mãe, que está cantando; na plateia, Matt, o pai de E e Trish. O filme simplesmente não deixa claro de nenhuma maneira se elas estão se portando como amigas ou se finalmente se assumiu para a família e apresentou Trish. Não houve absolutamente qualquer cena que mostrasse E se assumindo para família e, dada a narrativa, isso era essencial.

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