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Economia

Combustíveis bateram recorde de vendas em 2021 mesmo com alta nos preços

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O diesel foi o grande destaque de demanda em razão dos fretes desde que a pandemia tomou conta do cenário nacional. Em 12 meses, etanol, gasolina e diesel sofreram altas de mais de 40%.

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A imensa alta nos preços não diminuiu a média de consumo dos principais combustíveis no ano de 2021. Destaque especial ao diesel, que registrou grande crescimento nos últimos anos em razão da ânsia pela retomada econômica após o primeiro impacto da COVID-19.

Dados divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) indicam que no ano de 2021 houve um grande volume de vendas de combustíveis desde o princípio da série histórica, em 2000.

Foram 118,2 milhões de metros cúbicos de gasolina, etanol e diesel comercializados, desde distribuidores até revendedores. Destaca-se que um metro cúbico significa 1 mil litros.

Individualmente, constatou-se a comercialização de 16,7 milhões de metros cúbicos de etanol, 39,3 milhões de metros cúbicos de gasolina e 62,1 milhões de metros cúbicos de diesel, o que equivale a uma alta de 5% em comparação com o ano de 2020.

Os dados indicaram que houve uma redução de 13% na procura por etanol, mas o diesel e a gasolina ultrapassaram a perda de lucro com etanol, com altas respectivas de 8% e 9,5%.

Esse fenômeno é por conta da subida do preço do etanol fazendo com que os donos de veículos particulares dessem preferência à gasolina, já que a partir de determinado valor, o etanol apresenta perda para a gasolina em termos de eficiência e fica menos rentável.

Já o diesel sofreu aumento na procura em razão da intensidade na demanda por fretes. Com a pandemia, os e-commerce tiveram um grande impulso no mercado, exigindo mais do serviço de entrega de produtos.

Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) explica que “O diesel já caiu menos porque, mesmo em lockdown, se precisa de abastecimento de produtos. E, quando há retomada da economia, mesmo que pequena, o combustível sai na frente”.

Preços dos combustíveis em alta

Os últimos dados divulgados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), mostra que os combustíveis continuam sendo grandes vilões da inflação quando são excluídos os produtos alimentícios.

Em 12 (doze) meses o etanol registrou uma alta de 54,95%, o diesel 45,72% e a gasolina 42,71%.

Ao longo do ano de 2021 os combustíveis tiveram choques sucessivos com o aumento dos preços do petróleo no mercado internacional e com a moeda brasileira (real) sendo desvalorizada frente ao dólar.

O valor do barril de petróleo, que é a matéria-prima na fabricação de combustíveis, teve média de U$ 44,00 em 2020, chegando a U$ 70,00 em 2021.

“Produção de energia não funciona com botão ‘liga e desliga’, leva tempo. Antes de tudo, o que traz equilíbrio à curva de oferta e demanda é o preço”, afirma Adriano Pires.

Relativamente à desvalorização do real frente ao dólar, o economista André Braz, que também é coordenador dos índices de preços da Fundação Getúlio Vargas, diz que “Uma moeda mais forte faria frente ao aumento dos preços do petróleo, mas vivemos uma crise de instabilidade fiscal em que o governo não apresenta propostas de ajuste”.

Além disso, com a crise entre Ucrânia e Rússia no radar faz com que Braz entenda que o problema com os combustíveis não terá solução a curto prazo.

Isso porque quando potências do mundo petrolífero se envolvem em questões de diplomacia, as commodities, especialmente o petróleo, ficam volatilizadas no mercado internacional e, se houve uma nova complicação na oferta, pode ser um gatilho para a subida dos preços dos combustíveis no mundo.

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Bacharel em Administração e graduado em Tecnologia em Gestão Comercial, é especialista em criação de conteúdos sobre negócios. Faz parte da equipe de redação do IEF - Informação em Foco. Contato: [email protected]

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