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Psicologia é essencial para compreensão e tratamento a neurodivergência

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Psicólogo pode auxiliar no desenvolvimento de pessoas neurodivergentes e oferecer suporte aos familiares para lidarem com cada caso.

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Os psicólogos podem auxiliar na educação e no processo de desenvolvimento de pessoas neurodivergentes, como são chamados aqueles com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), dislexia, dispraxia, entre outros. Os profissionais também oferecem suporte aos familiares para lidarem com as especificidades de cada caso, contribuindo para disseminar a informação e, também, combater o preconceito.

Durante o curso de Psicologia, o estudante tem a oportunidade de aprender sobre o assunto de forma teórica, com os conteúdos oferecidos em sala de aula, e prática, por meio de estágios em clínicas de atendimento às pessoas neurodivergentes. Também é possível receber pacientes que desconhecem o próprio diagnóstico durante o estágio em consultório.

Após a graduação, os estudantes que se interessam por esta área da psicologia podem aprofundar os conhecimentos por meio de especializações e atuarem no desenvolvimento de programas educacionais e treinamentos sensíveis à diversidade cognitiva e às políticas de emprego inclusivas.

Na prática, os psicólogos aplicam os conhecimentos adquiridos para auxiliar as pessoas neurodiversas a desenvolverem habilidades para lidarem com as suas dificuldades, como estresse, regulação emocional e resolução de problemas. No atendimento aos pacientes, passam a conhecer seus objetivos e interesses, o que permite que estimulem e reforcem a realização das atividades do dia a dia.

Quem tem interesse pelo trabalho da psicologia no atendimento às pessoas neurodivergentes pode fazer um teste vocacional online para saber se as habilidades são compatíveis com a área. A orientação é válida para estudantes que ainda realizarão o pré-vestibular, os futuros psicólogos que ainda não definiram qual será a sua área de atuação e, também, profissionais que almejam a transição de carreira.

Onde o psicólogo pode atuar?

Na terapia baseada em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), o psicólogo atua no cotidiano do paciente, aplicando programas personalizados, mediando a socialização em todos os ambientes e ensinando comportamentos adequados em diferentes situações.

Nas escolas, eles colaboram com professores e outros profissionais, com base nos objetivos definidos pela equipe multidisciplinar. Os profissionais também podem apoiar as famílias, oferecendo suporte emocional, orientação e estratégias para lidar com os desafios.

Estudo realizado pela Play Pesquisa e Conhecimento revelou que os pais de crianças atípicas enfrentam grandes desafios. O preconceito foi apontado como a maior preocupação.

Para a maioria das famílias ouvidas, a capacitação de funcionários em locais públicos e a educação corporativa sobre as diferenças podem promover a inclusão. O estudo, realizado com cerca de 1.400 crianças e 20 especialistas, concluiu que os familiares desejam, sobretudo, uma sociedade mais empática e inclusiva.

Inclusão no mercado de trabalho

Outra possibilidade é o psicólogo atuar em empresas para fomentar oportunidades no mercado de trabalho para pessoas neurodivergentes, o que ainda é considerado uma lacuna.

De acordo com pesquisa realizada pela Accenture, apenas 12% daqueles que têm diagnóstico estão empregados em tempo integral. Já os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, no país, 85% dos autistas estão desempregados.

O conceito de neurodiversidade, introduzido pela socióloga Judy Singer, em 1998, vê condições como autismo e TDAH não como doenças, mas como manifestações da diversidade humana. O entendimento tem influenciado políticas de contratação nas empresas.

No Brasil, em 2023, entrou em vigor a Lei 14.624, que deu um passo importante no reconhecimento da neurodiversidade, estabelecendo o uso de uma fita com desenho de girassóis como símbolo para identificar pessoas com deficiências ocultas, como autismo e TDAH.

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