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Gestão de volume gigante de dados vai exigir novas tecnologias

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Para lidar com a explosão de dados, empresas devem investir em tecnologia, cultura analítica e conformidade

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A quantidade de dados criados, processados e armazenados em todo o mundo cresce em ritmo acelerado e impõe desafios para as organizações. De acordo com levantamento da Statista, a estimativa é de que, somente em 2024, tenham sido gerados 149 zettabytes, volume que deve ultrapassar os 394 zettabytes até 2028.

O relatório também chama a atenção para o fato de que apenas uma fração mínima dessa produção é retida: em 2021, somente 2% dos dados gerados no ano anterior foram preservados. Ao mesmo tempo, a capacidade instalada de armazenamento mantém um ritmo de crescimento com taxa composta anual de 19,2% entre 2020 e 2025.

Outra pesquisa, realizada pela consultoria Gartner,  revela que 89% dos Chief Data & Analytics Officers (CDAOs) reconhecem que uma boa governança é essencial para impulsionar a inovação tecnológica e empresarial.  No entanto, muitas organizações ainda enfrentam entraves para conectar iniciativas de governança a resultados de negócio.

Somado a isso, há a dificuldade de integrar ferramentas baseadas em Inteligência Artificial (IA) aos processos corporativos, seja por limitações técnicas ou pela escassez de profissionais especializados, segundo o estudo.

A construção de uma cultura orientada por dados é uma das principais demandas das empresas. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a partir dos dados, é possível orientar decisões com maior precisão e, com isso, entender melhor os clientes, antecipar tendências, identificar gargalos, aprimorar processos e aumentar os lucros.

Contudo, para transformar dados em valor, é preciso garantir a sustentação de sistemas. A coleta massiva de informações, por si só, não gera retorno se não houver infraestrutura compatível, análises consistentes e manutenção contínua.

Neste cenário, a área de pesquisas ganha destaque como alternativa para a descoberta e o aprimoramento de soluções tecnológicas que permitam uma melhor gestão do grande volume de dados gerados nas empresas.

Confira tecnologias que contribuem para a gestão dos dados

A gestão de dados exige o apoio de tecnologias capazes de lidar com grandes volumes de informação, promover a integração entre diferentes setores da empresa e transformá-los em informações estratégicas. Entre as soluções existentes, as ferramentas de IA têm se destacado.

Segundo a Gartner, até o final deste ano, 75% das empresas utilizarão, pelo menos, uma tecnologia baseada em IA para apoiar a coleta e a análise de dados. Esses sistemas permitem detectar padrões complexos, muitas vezes imperceptíveis em análises manuais, e automatizar fluxos de trabalho com mais precisão.

O uso estratégico de softwares como Customer Relationship Management (CRM) também contribui para aprimorar a gestão de dados, especialmente no relacionamento com clientes. Eles organizam informações de contato, comportamento e histórico de interações, o que facilita a segmentação, o atendimento e a tomada de decisão.

Outro recurso importante é a migração para a nuvem, que oferece flexibilidade, escalabilidade e segurança no acesso às informações. À medida que o consumo de dados tende a se multiplicar, com projeção da McKinsey & Company estimando um aumento de 20 vezes até 2030, a capacidade de manter os dados acessíveis, integrados e organizados passa a ser indispensável.

O Sebrae recomenda o uso de ferramentas como o Google Analytics, que disponibiliza estatísticas para monitorar o comportamento do público e ajustar estratégias de marketing digital. A coleta automatizada e o cruzamento desses dados com outros sistemas potencializam os resultados e tornam as análises mais precisas.

Segurança e conformidade devem integrar a gestão de dados

O avanço na criação e no uso de dados vem acompanhado por uma preocupação: a exposição a riscos cibernéticos. Em 2024, o Brasil registrou mais de 356 bilhões de tentativas de ataques, de acordo com dados da Fortinet.

O cenário reforça a necessidade de colocar a segurança digital no centro das decisões empresariais. Além disso, a promulgação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD (lei nº 13.709/2018) estabeleceu as diretrizes para a coleta, o armazenamento e o tratamento de dados, inclusive os sensíveis.

Segundo o Sebrae, o ponto de partida para cumprir a legislação é o mapeamento dos dados tratados. Para isso, é importante identificar a origem dessas informações, as circunstâncias em que são obtidas, onde e como são mantidas, qual é o objetivo de uso, se há compartilhamento com terceiros e se o consentimento foi registrado.

O diagnóstico inicial é considerado essencial para ajustar políticas internas, rever contratos com fornecedores e estabelecer práticas de governança. Além de proteger a empresa contra penalidades, a adoção de medidas de segurança e conformidade fortalece a confiança do cliente e melhora a qualidade dos processos internos.

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