O que a pessoa precisa fazer para ser um bom advogado

O sonho em ser um advogado permeia a mente de muitos brasileiros que gostam de leis e que têm um senso de justiça. O ideal dessas pessoas é prestar um serviço de modo a fazer prevalecer o correto, o justo, em meio a um país que, infelizmente, é desorganizado e tomado pela corrupção.

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Mas o que a pessoa precisa fazer para ser um bom advogado? O conhecimento adquirido na faculdade não é suficiente, pois o que se aprende são apenas teorias. Já é de conhecimento geral que no Direito tudo depende de interpretação e interligação entre a infinidade de artigos de leis e o entendimento que se dá ao conjunto de teses que serão utilizadas pelo julgador na hora da sentença.

Cada juiz, desembargador ou ministro possui sua própria forma de pensar. O Direito é dinâmico e esse dinamismo não é uniforme, o que pode tornar a decisão uma surpresa a cada sentença.

Em meio a isso tudo, temos a figura do advogado, que é indispensável à justiça, conforme previsão na própria Constituição Federal, com pouquíssimas exceções, como juizados especiais que, na primeira instância, o advogado é dispensável.

A atuação do advogado é de meio, ou seja, não há como garantir jamais o resultado. A decisão final será sempre do julgador e, por isso, para tentar ao máximo uma sentença favorável ao cliente, o bom advogado precisa trazer ótimas teses e que sejam convincentes dentro da sua argumentação.

Características de um bom advogado

O que a pessoa precisa fazer para ser um bom advogado vai muito além do que assimilar bem conteúdos teóricos sobre a matéria e, a seguir, você poderá conferir algumas características de um bom advogado.

– Conhecimento teórico aprofundado

O conhecimento teórico aprofundado é apenas o primeiro passo. Na faculdade se adquire um conhecimento acadêmico que funciona mais como um excelente norteador do que precisa ser estudado para se tornar um bom advogado. Conhecer a doutrina e as leis é o básico para o exercício da profissão.

Após se graduar, você ainda terá um caminho longo a percorrer, já que, como já falamos anteriormente, o Direito é dinâmico e muda o tempo todo juá que acompanha os anseios da sociedade. Assim, cursos livres, palestras, congressos e especializações é algo que tem que estar sempre dentro de seu foco para que esteja sempre atualizado e sempre te levando a pensar em suas próprias teses para se analisar uma questão sob diferentes pontos de vista.

– Capacidade em se expressar

O bom advogado tem que saber se expressar de forma clara, concisa. O êxito em uma demanda também está ligado na forma que o profissional se expressa em nome de seu cliente. Nada adianta ter uma excelente bagagem de conhecimento se o advogado não consegue colocar essas ideias para fora de sua mente de modo a se fazer entender, pois irá perder o poder de convencimento.

O famoso juridiquês pode ser importante, mas acima dele está a linguagem simples, correta, com explanação clara das ideias de forma que tanto as partes (que são leigas) quanto o julgador possam entender o seu ponto de vista e os motivos pelos quais sua tese deve ser acatada na hora da sentença.

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Se você tem alguma dificuldade com a oratória, não se preocupe. Existe no mercado diversos cursos que irão te ajudar desde a postura até o modo de falar.

– Visão estratégica

Para ser um bom advogado não basta se dedicar pontualmente caso a caso. Fatores externos, aliados a uma visão estratégica são fundamentais, já que é preciso focar em alguma especialidade (ou algumas), analisar o comportamento da clientela desse tipo de especialidade, a forma de atuação da concorrência e análise técnica desses tipos de demanda para se verificar o que leva ao sucesso daquele tipo de demanda.

Como pode perceber, os fatores externos devem estar interligados com fatores internos da própria demanda de modo que você possa alinhá-los e construir uma estratégia mais eficiente.

– Ética profissional

A ética profissional não significa obediência às leis, mas atuar de maneira a não infringir o código de ética da própria Ordem dos Advogados do Brasil. O bom advogado não é aquele que somente decora as condutas éticas, mas internaliza para viver sob tais condutas no geral, tornando-as parte de seu próprio caráter enquanto cidadão que vive em uma sociedade.

A exemplo, nada adianta o advogado sempre prestar contas dos valores recebidos em nome do cliente, repassando-os corretamente, se dentro de sua forma de agir entre amigos, parentes ou mercado consumidor está sempre dando prejuízos financeiros.

A boa conduta do bom advogado deve ir além do que dita as regras, devendo integrar seu lado profissional e pessoal.

– Paixão

Ter paixão pelo que faz é o motor do bom advogado, pois terá dentro de si aquela chama da justiça de modo a atuar da melhor maneira pelo seu cliente. E essa atuação não significa fazer tudo o que for preciso para ganhar a causa da forma que o cliente quer, já que muitas vezes este não terá razão diante uma situação em que ele necessita do advogado.

A paixão pelo que faz leva o bom advogado a aconselhar e instruir corretamente o cliente de maneira a atenuar prejuízos, vencer uma causa ou mesmo expor os riscos da demanda, propondo a melhor solução para solucionar um conflito.

A depender do tipo de causa, o advogado funciona muito mais como um conselheiro do que um operador do direito que vai “brigar” para vencer a causa.

Essas e outras características, como empatia e inovação são fundamentais para a pessoa ser um bom advogado. O profissional do Direito tem que trazer à tona aspectos humanos aliados a conhecimentos técnicos e tecnológicos para se destacar e prestar excelentes serviços, tornando-se um diferencial no concorrido mercado.

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