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Carreira

IBGE aponta queda do desemprego, mas rendimento do trabalhador é o menor dos últimos 20 anos

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Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que houve uma queda do desemprego no Brasil, porém, o rendimento do trabalhador é apontado como o menor desde 2012

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Queda no número de desemprego

Segundo os dados divulgados pelo IBGE, no trimestre que se encerrou em novembro de 2021, houve um recuo na taxa de desemprego no país para 11,6%, contudo, o desemprego ainda alcança cerca de 12,4 milhões de cidadãos brasileiros.

A pesquisa foi divulgada na sexta feira (28), sendo a menor taxa de desemprego constatada desde janeiro de 2020, quando o percentual foi de 11,4%.

Em que pese a positiva constatação de queda do desemprego, verificou-se que o rendimento real habitual do brasileiro também caiu ante o trimestre anterior. A queda foi de 4,5%, para R$ 2.444,00, considerado o menor rendimento desde o ano de 2012.

Evolução da taxa de desemprego

O IBGE coletou os dados com base naqueles que fazem parte da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). De acordo com o levantamento anterior realizado pelo PNAD (trimestre encerrado em outubro de 2021), a taxa de desemprego no país atingiu 12,1%, ou seja, cerca de 12,9 milhões de pessoas.

Destaques da pesquisa

A pesquisa do IBGE apontou alguns dados que são destaques:

– Taxa de desemprego: recuo para 11,6%;

– Número de trabalhadores desempregados: redução para 12,4 milhões;

– Rendimento médio real habitual: queda de 4,5%, para R$ 2.444,00 (a menor verificada em pesquisas do IBGE desde 2012);

– População ocupada: crescimento para 94,9 milhões de pessoas;

– Desalentados: queda para 4,4%;

– Taxa de informalidade: permanece estável em 4,6%;

– Comércio ajudou na recuperação do trabalho no trimestre;

– Crescimento de emprego: maior entre os trabalhadores sem carteira.

Recuperação da ocupação

A pesquisa mostra que ocorreu crescimento da população ocupada em 3,5% em comparação aos 3 (três) meses anteriores, o que corresponde a 94,9 milhões de pessoas. Comparativamente ao mesmo trimestre do ano de 2020, esta alta foi de 9,7%. Com este crescimento, o nível de ocupação atingiu o percentual de 55,1%.

Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, disse que “Esse resultado acompanha a trajetória de recuperação da ocupação que podemos ver nos últimos trimestres da série histórica da pesquisa. Esse crescimento também já pode estar refletindo a sazonalidade dos meses do fim de ano, período em que as atividades relacionadas principalmente a comércio e serviços tendem a aumentar as contratações”.

A população desocupada sofreu uma redução de 10,6%, ou seja, menos 1,5 milhão de pessoas desocupadas, em comparação ao trimestre finalizado em agosto de 2021. Comparando os dados ao mesmo trimestre do ano de 2020, são menos 2,1 milhões de pessoas desocupadas.

Aumento do emprego entre os sem carteira, estabilidade da informalidade e menor rendimento real

O IBGE ainda apontou um aumento na ocupação de vagas por empregados sem carteira assinada no setor privado (crescimento de 7,4%) ao comparar os dados com o trimestre anterior, ou seja, são 12,2 milhões de pessoas com emprego sem carteira assinada.

Já os empregos com carteira assinada tiveram uma alta menor, de apenas 4%, para 34,2 milhões de pessoas, em que pese que, em números absolutos, o aumento tenha sido maior do que sem carteira assinada.

O número de autônomos (trabalhadores por conta própria) também sofreu uma alta de 2,3%, para 25,8 milhões de pessoas e, entre a categoria dos trabalhadores domésticos, alta de 6%, para 5,6 milhões de pessoas frente ao trimestre anterior.

O percentual de trabalhadores informais permaneceu estável, no percentual de 40,6%. Adriana Beringuy explica: “Do crescimento de 3,2 milhões de trabalhadores no número de pessoas ocupadas, 43% vieram do trabalho informal. Então, embora a informalidade continue se destacando na expansão da ocupação, a participação do trabalho formal no setor privado vem aumentando e contribuindo também para a recuperação da ocupação no país”.

Sobre o menor rendimento real do trabalhador da série do IBGE desde 2012, Beringuy assim disse: “Isso significa que, apesar de haver um aumento expressivo na ocupação, as pessoas que estão sendo inseridas no mercado de trabalho ganham menos. Além disso, há o efeito inflacionário, que influencia na queda do rendimento real recebido pelos trabalhadores”.

Apesar de o comércio ter ajudado em uma melhoria do mercado de trabalho, mais de 29 milhões de trabalhadores ainda sofrem com a falta de oportunidades, sendo este contingente classificado pelo IBGE como trabalhadores subutilizados.

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Bacharel em Administração e graduado em Tecnologia em Gestão Comercial, é especialista em criação de conteúdos sobre negócios. Faz parte da equipe de redação do IEF - Informação em Foco. Contato: [email protected]

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