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O que é active recall e como usá-la para estudar para concursos
Não há um aluno sob o sol que não tenha enfrentado uma prova com o coração disparado, a mão na cabeça e o desespero começando a bater porque, apesar de ter estudado, não consegue lembrar nada em profundidade ou até mesmo sofreu o famigerado “branco”.
Embora você possa ter estudado e estudado muito, algo aconteceu naquele exame que deixou seu armamento intelectual de alto calibre desprovido de balas. Todos nós queremos aprender da maneira mais eficiente possível, mas se reler, destacar e resumir o livro não for suficiente, então o que devemos fazer? É usar uma técnica de estudo chamada active recall.
O que é active recall?
A active recall é quando você estimula ativamente sua memória para uma informação. Imagine revisar fatos médicos para seu teste de fisiologia. Você tem todos os termos escritos em flashcards, e agora você está passando por eles. Ao virar um novo cartão, você vê a pergunta e aquele momento – quando você tenta lembrar a resposta “do zero” antes de verificá-la – é a recordação ativa.
Em outras palavras, é uma prática de recuperação: é quando seu cérebro entra em seu vasto depósito de informações e procura por um fato ou resposta específica.
A active recall NÃO é reconhecimento
Quando você reconhece uma informação, pode parecer que você a conhece… mas não sabe; pelo menos não o suficiente para relembrá-lo do zero e usá-lo para responder, por exemplo, a uma questão de exame. É por isso que os testes de múltipla escolha não funcionam bem para estudar. Os alunos reconhecem a resposta correta em uma lista de respostas e isso os leva a uma falsa sensação de conhecer a informação, quando tudo o que eles estão realmente fazendo é reconhecê-la.
A linha inferior é que você só realmente entende e conhece uma informação quando você pode recuperá-la completamente da memória. Isso é recall ativo.
Recall ativo vs. revisão passiva
Revisão passiva é quando você lê (e relê) seu livro, destacando as informações importantes e fazendo anotações de estudo. Todos esses são exercícios excelentes para se envolver e reformular as informações que você está estudando… mas, embora ajudem a entender os dados, não necessariamente ajudam a memorizá-los.
Experimente: após uma sessão de estudo de duas horas de revisão passiva, tente dar uma palestra sobre tudo o que você abordou. Você provavelmente não pode.
É por isso que, além deste trabalho, é uma excelente prática exercitar seus poderes de memória ativa para estabelecer os caminhos neurais profundos que são essenciais para a memória permanente.
Por que a active recall é tão importante?
A active recall é muito mais eficaz do que o reconhecimento ou a revisão passiva na consolidação de informações em sua memória de longo prazo. É a maneira mais rápida e eficaz de estudar – seja para testes factuais ou de resolução de problemas. Também é mais eficaz do que outras formas de estudo, como anotações e mapeamento de conceitos (embora também possam ser técnicas de estudo úteis).
Quanto mais praticamos a recuperação de informações da nossa memória, melhor ficamos nisso. Na verdade, é a prática de recuperação que realmente nos ajuda a aprender a informação.
Além disso, você deve usar a recuperação ativa em intervalos frequentes para lembrar de informações mais antigas que aprendeu (para que permaneçam lembradas) e não apenas para tentar armazenar novas informações. Se isso desperta sua curiosidade, confira ‘Como aprendemos: o segredo de todo aprendizado e desenvolvimento humano’.
Em um estudo de acompanhamento, os pesquisadores descobriram que a recuperação (recordação ativa) era mais eficaz do que o mapeamento conceitual ou o estudo elaborativo para lembrar de informações. Outras pesquisas continuaram a apoiar essas descobertas.
Como usar a active recall para aprender melhor e mais rápido
Existem três maneiras principais de aproveitar o poder do active recall para ajudá-lo a lembrar de informações com mais eficiência:
1. O método SQ3R
O método SQ3R, também conhecido como método Robinson, é uma maneira eficaz de aprender o material que você leu em um texto, por exemplo, um capítulo de seu livro de história. O método tem cinco etapas:
- Pesquisa: pesquise ou dê uma olhada no material para ter uma ideia do que se trata.
- Pergunta: crie algumas perguntas que você tem e que você acha que o texto pode responder.
- Ler: Em seguida, leia ativamente o texto, tentando responder às perguntas que você criou.
- Recite: Esta é a parte de recuperação ativa. Relembre de memória as informações que você aprendeu. Use suas próprias palavras para formular o material. Faça-o oralmente ou por escrito.
- Revisão: Depois de terminar isso, repita para si mesmo qual era o objetivo do material e resuma o que você aprendeu.
2. A técnica de Feynman
Na verdade, você não precisa ensinar outras pessoas; tudo o que você precisa fazer é explicar o assunto em voz alta – para o seu gato, um vaso de plantas ou um aluno imaginário da sexta série – do zero, como se o aluno para quem você está explicando não soubesse nada sobre o assunto (isso força você a explicá-lo em termos simples, mesmo que seu assunto seja complexo).
Se você pode fazer isso, você conhece muito bem o seu assunto!
3.Flashcards
Os flashcards nada mais são do que uma espécie de pequena ficha, na qual de um lado você coloca uma pergunta curta e objetiva sobre um determinado tópico e do outro lado você põe a resposta. Então, você ao estudar lê a pergunta e tenta lembrar da resposta de cabeça, sem consultar nada, puramente da memória. Em seguida, você confere a resposta na parte de trás da ficha/card.
Há diversos aplicativos que fazem isso, como Brainscape, Quizlet, entre outros, mas o mais famoso com certeza é o Anki. Contudo, caso você seja mais do tipo “old school”, pode comprar as fichas físicas em qualquer papelaria.
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