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Centro que monitora desastres naturais teve o menor orçamento da história em 2021

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De acordo com o diretor do Cemaden, o centro teve o menor orçamento da história no ano passado e está longe de ter um orçamento melhor como nos primeiros anos.

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Entenda o que é o Cemaden

No final de 2015, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais(Cemaden) entregou ao município de Petrópolis (RJ) a Estação Total Robotizada, equipamento capaz de detectar movimentação de terra e, assim, detectar possíveis deslizamentos nos morros. Apesar da entrega, em fevereiro deste ano, as fortes chuvas levaram à morte mais de cem pessoas no município, o equipamento não estava em Petrópolis, mas em Cachoeira Paulista(SP), em unidade do Cemaden.

Segundo o diretor do Centro e físico, Osvaldo Moraes, em 2017, cerca de nove Estação Total Robotizada (ETR) que foram espalhadas pelo país, precisaram ser retiradas para manutenção e nunca mais retornaram para seus lugares.

O diretor afirmou que as ETRs precisavam de calibração em laboratório, mas que não havia orçamento para isso. A medida escolhida foi retirar do campo ao invés de deixá-las à mercê da depreciação. No passado não havia recurso, mas ainda hoje, não há recurso para fazer a calibração delas.

O Centro Nacional é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e, de acordo com os dados da instituição, em 2021 houve o menor orçamento desde sua criação, em 2011. No ano passado, o centro recebeu R$ 17,9 milhões de verbas federais; em 2020 cerca de R$ 20,9 milhões; e em 2012 R$ 90,7 milhões (o primeiro ano em que há registro). Os respectivos valores são nominais, ou seja, não incluem as variações inflacionárias.

Apesar do visível corte na verba, não há posicionamentos do MCTI e Ministério da Economia sobre o assunto. O diretor afirmou que os anos iniciais trouxeram mais verbas, até a queda em 2021. Vale lembrar que o Cemaden foi criado após chuvas, enchentes e deslizamentos deixarem mais de 900 mortos da Região Serrana do Rio de Janeiro, área que Petrópolis também faz parte.

A responsabilidade do Cemaden é nada mais e nada menos do que monitorar as áreas de risco, seja enchentes ou seca, emitir alerta para o Cenad que será responsável em encaminhar a sinalização para as defesas civis locais.

Foram enviados alertas em Petrópolis

O comandante da Defesa Civil em Petrópolis afirmou ter recebido alertas do Cemaden para o município nesta semana, nesta terça-feira, SMS foram enviados à população. Mas, segundo o diretor Osvaldo Moraes, o volume de chuva e o local exato que ocorreria, não teriam precisão nem mesmo da NASA (agência espacial americana). O que se sabe é que iria ocorrer na Região Serrana do Rio, mas não em Petrópolis e no respectivo local.

A meteorologista Camila Frez trabalha na defesa civil de um município do Rio e concordou com Moraes, afirmando que o núcleo concentrado de chuvas em Petrópolis foi intenso. E, por conta disso, mesmo com os alertas, não foi previsto o volume de chuvas.

Redução Orçamentária para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações 2021

Os cortes para o Cemaden fazem parte de um contexto de redução orçamentária para todo o MCTI em 2021. E, apesar de não ser previsível o local certo e hora certa, os equipamentos estão sem manutenção e calibração por mais tempo do que o previsto.

Não há verbas suficientes não só para o Cemaden, mas também para prevenção e gestão de desastres. Apesar dos políticos da esfera estadual e federal prometerem verbas, elas vão sumindo a tal ponto que, quando chega uma catástrofe, novamente são realizadas as promessas, mas nenhuma mudança.

As mortes da tragédia ocorrida na Região Serrada do Rio de Janeiro se repetem, talvez em proporção menor. Mas, ocorridas por conta de verbas insuficientes e de governos que faz promessas, mas não as cumprem.

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Formada Técnica em Serviços Jurídicos e em Finanças pela ETEC. Estudante de Gestão Empresarial pela FATEC. Possui experiência como redatora, ghostwritter e consultoria jurídica. Apaixonada por livros e felinos. Contato: [email protected]

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