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Bancas do Mercadão continuam aplicando ‘golpe da fruta’ mesmo depois de denúncias

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Equipe do portal de notícias G1 compareceu ao Mercado Municipal de São Paulo na segunda feira (14), visitou 4 (quatro) barracas e realizou compras em 3 (três) delas. No total, foram gastos quase R$ 100 para compra de uma unidade de fruta do conde, cinco morangos e 18 tâmaras. O PROCON-SP informou que está monitorando os golpes.

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Golpe da Fruta no Mercadão

Internautas denunciaram o que se chama de “golpe da fruta” e, mesmo após essas denúncias e a concessionária que é responsável pela administração do Mercado Municipal de São Paulo advertir e multar lojistas, continuam sendo aplicados golpes na tentativa de impor preços abusivos aos clientes.

Equipe do G1, após visitar o marcado na segunda feira (14) constatou o constrangimento a comprar frutas por valores que estão muito acima da média.

Ao todo, equipe teve um gasto de quase R$ 100 para a compra de 1 (uma) fruta do conde, 5 (cinco) morangos e 18 (dezoito) tâmaras.

A estratégia que mais é usada, verificada pela equipe, é a do convencimento aos clientes de que levar bandejas pelo preço do grama é mais barato do que o quilo.

No sábado (12) a concessionária que administra o mercado informou que 10 (dez) lojistas receberam advertência e multa após denúncias.

Como funciona o golpe da Fruta

Na entrada do Mercadão o golpe já se inicia, com vendedores abordando clientes e insistindo para que provem uma variedade de frutas. Neste momento, contam histórias da origem desses produtos e não citam preços.

Nas barracas, o argumento é sempre o mesmo: sendo “a primeira compra do dia, o cliente recebe promoções”.

À equipe do G1, um vendedor chegou a dizer que o quilo da fruta do conde (conhecida como pinha) sai por R$ 69,90, mas que em gramas o preço seria mais barato.

A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) informou que o preço médio do quilo da fruta do conde é de R$ 8 no atacado.

No momento de pesar a fruta do conde oferecida à equipe do G1, o valor ofertado foi de R$ 80 por 2 (duas) unidades. Frente à recusa no pagamento do preço, o vendedor utilizou da técnica de insistir na venda com o argumento de que faria o preço “especial” de R$ 60 pelas unidades. A equipe levou apenas uma unidade, que saiu pela “bagatela” de R$ 40.

“Olha, as duas dariam esse valor [R$ 80], mas eu posso fazer um preço especial, R$ 60 para você. Vai pagar R$ 40 em uma só? Leva as duas por R$ 60, você tem dinheiro, sim”, afirmou o vendedor.

Já em uma outra banca o vendedor afirmou que estava com uma “promoção” em que 100 gramas de qualquer fruta sairiam por “apenas” R$ 12: “É [sic] R$ 12 cada 100 gramas, você pode misturar as frutas que mais gostou. Pega só um pouquinho das frutas que você mais gostou de provar. O mix fica R$ 12, baratinho”.

A equipe do G1 pediu um total de 200g entre morangos e tâmaras. No momento do pagamento, o caixa não sabia qual a referência de quilo deveria utilizar, já que tinha mais de uma variedade de fruta na bandeja, colocando o valor de referência de R$ 129,90, cobrando o total de R$ 80 por 5 (cinco) morangos e 10 (dez) tâmaras, inicialmente.

A equipe disse que tinha sido informada a “promoção” de R$ 12 por 100 gramas, mas na pesagem, os 200 gramas se “tornaram” 400 gramas. O vendedor, então, ofereceu a bandeja pelo valor “especial” de R$ 40.

A Ceagesp informou que, em São Paulo, a média do quilo do morango é de R$ 8,03 e da tâmara é de R$ 30,52.

Tipos de golpes

Os tipos de golpes aplicados são:

– Oferta de produto por um valor e cobrança de mais do que o dobro no momento do pagamento;

– Apresentação de valor em grama ao invés de por quilo como meio de confundir o consumidor;

– Colocar mais produtos do que o pedido para aumentar o peso e subir o valor da compra.

As bancas também não seguem um padrão de preço. Em uma outra, a equipe do G1 pediu para montar uma bandeja de morangos e tâmaras e após recusar o valor algumas vezes, vendedor insistiu em uma bandeja somente de tâmaras que saiu por R$ 13 reais as 8 (oito) unidades nela colocadas.

Um funcionário do estacionamento do Mercadão informou que a tradição do local é vender uma única fruta ao preço de R$ 50 e completou: “Quem vem aqui precisa ter dinheiro, tem que vir para gastar. Mas eu jamais sairia de casa para gastar com fruta, não dá certo.”

Uma família do Paraná acionou a polícia após uma discussão pela recusa em pagar R$ 370 em uma bandeja de frutas:

“Somos do Paraná, em uma visita em São Paulo fomos até o Mercadão. Nos ofereceram várias frutas para degustação, segundo eles, exóticas. Enquanto provávamos, eles preparam uma bandeja com todas as frutas, nos recusamos a pagar. Eles nos chamaram de folgados, e o meu primo acabou deferindo um soco contra um vendedor. Argumentaram para os policiais que a gente tinha comido tudo e se recusado a levar a bandeja”.

A concessionária Mercado SP SPE S.A, informou que as multas aplicadas variam de 10% a 100% do valor da locação do box. No caso de haver uma segunda multa, o contrato com o lojista é rescindido. Em nota, a concessionária se manifestou da seguinte maneira:

“A Concessionária realiza reuniões rotineiras com os responsáveis pelas bancas de frutas, orientando e advertindo sobre as boas práticas a serem observadas por todos, bem como, advertindo das consequências do não cumprimento do Regimento Interno, do Contrato firmado e da legislação em vigor”.

“É muito importante que a companhia seja informada de eventuais abusos para que sejam tomadas as medidas necessárias. Para isso, entre em contato conosco pelo e-mail: [email protected]”.

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Bacharel em Administração e graduado em Tecnologia em Gestão Comercial, é especialista em criação de conteúdos sobre negócios. Faz parte da equipe de redação do IEF - Informação em Foco. Contato: [email protected]

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