5020 crianças estão sem vaga em escola pública no estado de São Paulo

Maior déficit está na Zona Sul e Leste do estado de São Paulo. O número atual de crianças sem vaga em escolas públicas é 5.020.

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Estado de São Paulo têm déficit de 5 mil vagas para atender a demanda na rede pública estadual

Na segunda-feira(7), subiu para 5.020 crianças que estão na fila de espera para conseguir se matricular na rede pública do estado de São Paulo, segundo a Secretaria estadual da Educação, na sexta-feira era um total de 4.200 vagas faltantes.

O governador de São Paulo, João Dória(PSDB), no sábado afirmou que novas vagas seriam abertas e, de acordo com o mesmo, os detalhes serão informados apenas na coletiva de imprensa que deverá ocorrer na quarta-feira(9).

O maior número de crianças sem acesso ao direito básico, como a educação, está na capital paulista. Na segunda, o prefeito Ricardo Nunes disse que o aumento pode ter sido causado por conta do aumento da demanda de alunos que vieram da rede privada devido ao impacto econômico provocado pela pandemia do Covid-19.

Apesar disso, o prefeito ainda prometeu que aluno algum ficará sem escola ou sem aula na cidade de São Paulo. O maior déficit está presente na Zona Sul e Leste da capital, segundo a prefeitura as salas de informática estão sendo transformadas em sala de aula e não haverá aumento de alunos por sala, que é de até 30 pessoas.

Menina chorou por conta de estar sem escola consegue uma vaga

A menina Ana Beatriz, 6 anos, chorou na semana passada por conta de não ter conseguido vaga em uma escola. A pequena moradora da Zona Leste de São Paulo foi alfabetizada pelos pais durante a pandemia e estava ansiosa por frequentar a escola este ano.

Porém, na sexta-feira(4), a pequena Ana conseguiu vaga na Escola Estadual Tom Jobim, a menos de 1km de sua casa. Na segunda-feira(7), estava ansiosa para o primeiro dia de aula.

A mesma afirmou que, enquanto o pai descansava, ela já estava acordada para ir à escola. O pai da menina ficou feliz por conseguir a matrícula da filha, porém demonstrou preocupação com os colegas que ainda seguem sem vaga. O mesmo afirmou que, por ser direito da criança contida na Constituição, deverá fazer jus à lei, “as crianças merecem estudar”.

O Ministério Público cobra soluções para este déficit

Na sexta-feira (4),  o promotor do Grupo de Atuação Especial de Educação(Geduc), João Paulo Faustinoni, mandou ofício às secretarias municipais e estaduais da Educação de São Paulo para que, dentro de dez dias, se manifestem sobre a falta de vagas para crianças no Ensino Fundamental e comprovam uma solução para o problema.

O pedido foi baseado em um levantamento divulgado pelo jornal ‘Folha de S. Paulo’ que apresentou ao menos 14 mil crianças na fila de espera por uma matrícula no primeiro ano do Ensino Fundamental na capital Paulista. De acordo com o levantamento, elas não conseguiriam vaga nem na rede estadual, que responde por cerca de 60% das matrículas, nem na municipal, que corresponde a 40%.

No ensino fundamental, um requisito obrigatório é a frequência escolar, de acordo com a Constituição.

Ainda dentro do prazo para responder ao Ministério Público e diante das falas do governador e do prefeito de São Paulo, novas medidas e informações serão anunciadas na coletiva de imprensa prevista para quarta-feira(9). As soluções sobre esse déficit de vagas para as crianças possivelmente serão apresentadas tanto no dia 9, quarta-feira, quanto nos dias seguintes dentro do prazo estabelecido pelo MP.

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