Escolas estaduais de São Paulo não irão exigir vacina contra a Covid-19

A vacinação será estimulada, mas não poderá ser cobrada. De acordo com o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, sequer haverá vacina para todos nesse primeiro momento de vacinação em crianças.

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Escolas Estaduais não irão exigir comprovante de vacina

Escolas estaduais não irão exigir vacina contra a Covid-19

Nesta quinta-feira (13), o secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, afirmou que a vacina contra a Covid-19 não será exigida dos estudantes da rede estadual de ensino para o retorno às aulas presenciais.

Durante o lançamento do material de apoio para professores do Ensino Médio de São Paulo na sede da Escola de Formação para Profissionais da Educação (EFAPE), em Perdizes, Zona Oeste da capital, foi anunciado sobre a desobrigação de vacina para o retorno às aulas.

O secretário chegou a afirmar que “Não temos neste momento nenhuma intenção de tornar obrigatória a vacina. A vacina não é obrigatória nem para adultos, porque faríamos isso para a vacina? Mas, obviamente, é pior ainda tornar obrigatória a entrada das crianças na escola, porque uma criança de 6 anos não tem direito de opinar se ela pode ou não opinar se ela vai ou não ser vacinada, ela será prejudicada por uma escolha de seus pais. E aqui nós temos o direito constitucional de acesso à educação, portanto nós aqui em hipótese alguma vamos proibir uma criança de voltar às aulas caso ela não esteja vacinada”.

Ele acrescentou que “vai trabalhar na conscientização” , ou seja, na conversa com os pais mostrando a importância da vacinação.

“As duas primeiras semanas de aula serão bastante voltadas para isso e para o acolhimento, para mostrar a importância da vacinação tanto para crianças como para adolescentes.”

O mesmo ainda relembrou que cerca de 80% dos jovens de 12 a 17 anos estão com o esquema vacinal completo, sendo 20% o público que será conscientizado através das conversas com os pais. Entretanto, as crianças que não receberem a vacina não serão impedidas de frequentar a escola, desta forma, evita-se a evasão escolar e também fomenta maior estímulo.

Vacina pediátrica da Pfizer já chegou ao Brasil

O primeiro lote da vacina pediátrica da Pfizer contra a Covid-19 chegou ao Brasil na madrugada desta quinta-feira(13), a distribuição da vacina ainda será feita aos estados.

Mas, segundo o secretário estadual da Educação, o início da vacinação será imediato.

“O governador está pronto, já compramos todo o material que era necessário, o governo do estado está desde dezembro pronto e obviamente já foi discutido para iniciar a vacinação.”  O mesmo afirma que estará disponível [a vacina] em todos os postos de vacinação o mais breve possível. A ordem de idades será decrescente, assim como foi com a aplicação da vacina em adultos.

Ômicron não interfere na volta às aulas

As aulas irão ocorrer entre 2 de fevereiro e 23 de dezembro, em 5400 escolas mantidas pelo governo de São Paulo nos 645 municípios do estado. Ao todo, são 3,5 milhões de alunos e, mesmo com a variante Ômicron, o secretário afirmou estar acompanhando e discutindo com a comissão médica. Mas, atualmente, não há qualquer alteração no ano letivo.

O mesmo afirma que a prioridade é a volta às aulas, alegando que, com a retomada de outros setores, é “é inaceitável na minha opinião que a gente não priorize as crianças. É importante destacar que a Ômicron tem contaminado muito mais pessoas. (…) As pessoas não vacinadas têm tido mais problemas com essa cepa, por isso temos insistido em relação a vacinação”.

O uso de máscaras continua sendo obrigatório no ambiente escolar, bem como todos os protocolos sanitários para a prevenção de todos.

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