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Tarifa de ônibus pode ser reajustada para corrigir inflação em 2022
A proposta ainda será enviada para o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Atualmente, a tarifa custa R$ 4,40. Estudo apresentado pela SPtrans, a cada R$ 0,10 na tarifa básica, a receita aumenta nos primeiros 12 meses
De acordo com o estudo apresentado pela SPTrans, a cada R$ 0,10 na tarifa básica, a receita tarifária aumenta R$ 104 milhões nos primeiros 12 meses. Nesta quarta-feira (22), a Secretaria de Transportes de São Paulo e a SPTrans afirmaram que a tarifa de ônibus deveria ser reajustada para, no mínimo, R$ 5,10 para corrigir a inflação dos dois últimos anos. Entretanto, a proposta ainda será enviada para o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Os custos da operação de ônibus na capital paulista é pago parte pelos usuários, através da tarifa e, parte pela Prefeitura através de subsídio, o que representa um total de 47% do custo.
O subsídio pago pela Prefeitura de São Paulo para as empresas de ônibus em 2021 foi R$ 3,3 bilhões.
Caso seja aprovado o reajuste, ele entra em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2022
Se for aprovado algum reajuste, 2022 já começa com mudanças na tarifa. Através do estudo apresentado pela SPTrans, a cada R$ 0,10 na tarifa básica, a receita tarifária aumenta R$ 104 milhões nos primeiros 12 meses. Se o valor de R$ 5,10 for aprovado pelo prefeito, significa que cerca de R$ 728 milhões vão entrar nos cofres do sistema de ônibus em 12 meses, o que diminuiria a necessidade de subsídio do Tesouro Municipal, que neste ano deve chegar a R$ 3,3 bilhões, de acordo com a SPTrans.
A proposta foi apresentada pela Superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans, Andréa Compri, durante uma reunião com o Conselho Municipal de Trânsito e Transporte(CMTT).
“Nós vamos mandar para o executivo a nossa sugestão de que é preciso ter reajuste de tarifa. Esse percentual é alto, é. Mas é por isso que o Executivo está indo atrás de outras fontes de receita”, afirmou Andréa.
A capital de São Paulo tem até o próximo dia 25 para finalizar os estudos de custos para que possa decidir sobre o aumento do valor das passagens. Nesta quarta-feira(21), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) falou que é possível não haver aumento.
“Pode ser que sim, mas tá caminhando muito para que a gente consiga segurar o aumento da passagem, para não ter, é o que tá caminhando, mas os estudos não estão concluídos”, afirmou o prefeito de São Paulo.
Prefeitura de SP divulgou nota após reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte
Após a reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte(CMTT), a Prefeitura de São Paulo divulgou uma nota que diz que “os dados sobre tarifas, custos e subsídio do sistema municipal de ônibus apresentados na sessão serão encaminhados ao gabinete do prefeito, que analisará os números em conjunto com as secretarias de Governo e da Fazenda, para posterior tomada de decisão”.
Apesar da incerteza, os dados logo estarão prontos para que uma decisão seja anunciada. Por conta disso, é levado em conta todo o custo do sistema de transporte, levando em conta o subsídio e o valor da tarifa para corrigir a inflação que esteve em disparada neste ano de 2021. De acordo com o coordenador do Programa de Mobilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor(Idec), Rafael Calabria, o aumento da tarifa para o passageiro não se justifica já que o valor do subsídio pago pela Prefeitura aumentou. Com isso, é levado em conta que o Prefeito Ricardo Nunes (MDB) ainda não deu certezas sobre o que será feito, logo a espera é a única alternativa viável atualmente.