Economia
Segundo IBGE desemprego caiu significativamente no Brasil em fevereiro
O rendimento real do trabalhador parou de cair, sendo registrado o mais baixo para um trimestre encerrado em fevereiro e 8,8% menor do que o registrado há um ano.
Taxa de desemprego fica em 11,2% em trimestre encerrado em fevereiro
O trimestre encerrado em fevereiro apresentou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2%, apesar disso o desemprego atinge cerca de 12 milhões de brasileiros e número de ocupados mostrando interrupção. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira através do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entretanto, os dados são parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
Houve recuo em relação ao trimestre anterior, setembro a novembro do ano passado, com 11,6%, segundo os dados, a taxa apresentou estabilidade frente à divulgação anterior, do trimestre encerrado em janeiro que dita que número de desempregados é estimado em 12 milhões de pessoas.
Em 2014, registros apontam que o desemprego chegou a 6,5%. Apesar disso, o resultado de fevereiro trouxe melhora além do esperado.
As consultorias e instituições financeiras que foram ouvidas pelo Valor Data projetavam uma taxa de 11,4% em fevereiro, com intervalo das estimativas entre 11,3% e 11,8%.
Entretanto, a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, disse ter ocorrido uma retração da população que buscava trabalho, sendo a principal diferença nesse trimestre que não se observou algum crescimento significativo da população ocupada.
A renda média dos brasileiros é a menor para o trimestre aponta pesquisas
O IBGE diz que houve estabilidade em relação ao trimestre anterior, o rendimento médio real foi de R$ 2.511, em comparação com o trimestre anterior que era R$ 2.504.
Apesar de ser parado de diminuir, é considerada a menor renda média do trabalho já registrada em um trimestre encerrado em fevereiro.
A pesquisadora afirmou que nos trimestres anteriores, o rendimento médio estava em queda e a estabilidade relacionava-se à diminuição no número de trabalhadores informais que possuem menores rendimentos e aumento de trabalhadores com carteira assinada na iniciativa privada. Ela ainda afirmou que houve expansão de 2,7% no rendimento nominal, o que permitiu melhora no impacto da inflação.
Estabilidade no número de ocupados
Atualmente são 95,2 milhões o número de ocupados, tendo uma estabilidade em relação ao trimestre anterior que é de 94,9 milhões. O que significa que o percentual de pessoas em idade de trabalho que estavam efetivamente ocupadas na semana de referência da pesquisa é de 55,2%, em máxima histórica, no ano de 2013 foi de 58,5%.
O IBGE diz que a desaceleração no aumento do número de ocupados está relacionada a um desligamento de trabalhadores que, no fim de 2021, são contratados de forma temporária.
O número de trabalhadores que trabalham por conta própria caiu em 1,9% em comparação com trimestre anterior, mas o número de empregados com carteira assinada cresceu em 1,1% em 3 meses. Enquanto que os trabalhadores sem carteira tiveram uma alta de 0,8%.
Beringuy diz que os números refletem apenas fatores sazonais e não há como dizer em retomada do mercado de trabalho de forma efetiva.
Diante da divulgação recente, o Instituto regulariza o calendário de divulgação da Pnad Contínua através da liberação dos resultados no mês seguinte ao mês em que se refere sobre os dados.
Vale lembrar que o prazo de divulgação foi ampliado por conta da pandemia e a necessidade de ampliar o período da coleta de dados que foi realizada por telefone por causa das medidas de isolamento social.
Essa amostra trimestral diz respeito a 211 mil domicílios pesquisados, sendo pelo menos, dois mil entrevistadores que trabalham na pesquisa em 26 estados e Distrito Federal.
Os analistas acreditam que o desemprego pode permanecer nestes patamares por conta da inflação, juros elevados e a perspectiva de baixo crescimento econômico.