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Polícia ambiental registra aumento de crises ambientais em São Paulo
Desde o ano passado a Polícia Ambiental registrou um aumento de 91% de crimes ambientais em São Paulo A maioria dos casos é de descarte de lixo e de entulho em áreas de preservação
A polícia ambiental registrou 506 casos entre janeiro e setembro de 2020, entretanto, no mesmo período deste ano foram 971 casos. A maioria dos crimes tem relação com o descarte de lixo e de entulho em áreas de preservação.
De acordo com o policial Vitor Calandrini de Araújo, “muitas pessoas ainda cometem o crime ambiental por desconhecimento, mas a grande maioria faz porque a pena é branda ou por achar que não será punido”. O que tem trazido prejuízos ao meio-ambiente.
Veja o que é considerado crime ambiental
Dentre o descarte de lixo e entulho em áreas de preservação, também inclui-se soltura de balões, os incêndios em mata, apreensão de animais com risco de extinção, por exemplo.
As infrações não possuem hora, muitas acontecem durante o dia. Apesar das regras e leis já conhecidas, infelizmente é um problema recorrente. Para combater o crime ambiental a polícia insiste que as denúncias por meio do 190 são a principal fonte fundamental para impedir casos de crime ambiental. Há também como fazer denúncias pelo aplicativo, Denúncia Ambiente, onde a pessoa pode selecionar a natureza da denúncia e ela chega até a polícia para que possam adotar medidas de segurança e procedimentos, como quantas viaturas levar ou como fazer a operação.
Problemas com condomínios clandestinos
Outro crime ambiental que tem sido frequente na capital paulista é o loteamento clandestino. Um exemplo claro desse problema foi a operação da Polícia Civil de São Paulo que desarticulou uma organização criminosa que destruiu 40 hectares de Mata Atlântica na Zona Sul, o equivalente a 55 campos de futebol.
De acordo com as investigações da Divisão de Investigações Sobre Infrações Contra o Meio Ambiente, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), a área que seria destinada à implantação de seis condomínios clandestinos. A quadrilha até mesmo chegou a dividir a área de proteção em ruas, e a implantar um sistema de água e luz.
O problema é tão persistente que uma reportagem de agosto da TV Globo mostrou ainda um outro loteamento clandestino, com vista para a represa, no Jardim Ipava, também na Zona Sul. Entretanto, com a ordem da Justiça, a Polícia Ambiental e a Prefeitura de São Paulo derrubaram 40 casas e interditaram a área. As pessoas que já estavam morando no local foram obrigadas a sair.
Por conta disso e outros crimes ambientais é necessário cada vez mais a atenção e uma rede forte de denúncias para que se possa evitar situações como essa.
De acordo com a Polícia Ambiental, através do 190 e também do aplicativo Denúncia Ambiente disponibilizado na Play Store e também na versão desktop, basta fornecer informações claras e concisas para que a denúncia não seja feita em vã, já que a Polícia precisa de dados objetivos.