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Monark não cita à polícia sobre estar bêbado durante live em que defendeu a existência de um partido nazista no Brasil

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O influenciador é investigado por ter defendido a existência de um partido nazista no Brasil durante um live ocorrida em fevereiro. 

Monark não disse a polícia sobre estar bêbado durante a live

O influencer Bruno Aib, conhecido como Monark, está sendo investigado pela Polícia Civil por defender a existência de um partido nazista no Brasil. Durante o depoimento realizado à Polícia Civil nesta quarta-feira, o influencer afirmou possuir conhecimento superficial sobre o assunto e, não citou estar bêbado quando fez as declarações sobre o nazismo. Vale lembrar que Monark havia feito um pedido de desculpas e usou de argumento que estava bêbado. 

Os responsáveis pelo Flow Podcast, canal de entrevistas na internet,  também estão sendo investigados por apologia do nazismo e discriminação contra judeus. 

A TV Globo possuiu acesso ao arquivo onde Monark fala com os policiais sobre o caso e, segundo o depoimento que ocorreu no 4º Distrito Policial, na Consolação, Monark é investigado de forma criminal por suspeita de ter infringido o artigo 20 da lei 7.716 de 1898 

e o MP(Ministério Público) está acompanhando de fora toda a investigação policial e apura o caso nas esferas criminal e cível. 

Entenda o que diz as leis brasileiras sobre a apologia ao nazismo e discriminação

A Promotoria Criminal e a Polícia Civil, dentro da esfera criminal, irão apurar Monark e o Flow Podcast se utilizaram a internet para defender o nazismo e discriminar judeus. Em possível condenação na Justiça, será conferido uma pena de prisão ou pagamento de multa. 

Em fevereiro, Monark disse que queria um partido nazista reconhecido pela lei e defendeu que alguém poderia ser antijudeu, pois acreditava ser um direito de ser. Nesta quarta-feira(9), afirmou aos policiais que as declarações sobre o nazismo que ele apenas possui o ensino médio e um conhecimento superficial sobre o assunto. 

 Durante o depoimento, Monark também expressou não possuir qualquer preconceito de raça, etnia ou religião, bem como afirmou ter entendido que o ocorrido foi horrível e reprovável.

Enquanto na esfera criminal, está ocorrendo isso, a Promotoria de Direitos Humanos está investigando o canal de entrevistas e Monark sobre o uso da internet para divulgar a defesa do nazismo e a discriminação por procedência nacional. O MP pedirá à Justiça que os investigados paguem uma indenização, com valor ainda a ser estipulado, por terem ofendido toda a comunidade judaica. Entretanto, na esfera cível não cabe prisão neste caso. 

Os promotores do caso afirmaram ter indícios que o programa e o apresentador cometeram dano social e moral coletivo contra o povo judeu, ou seja, ofenderam todas as vítimas do Holocausto. A quantia em dinheiro a ser pedida, será aplicada em um fundo que trata sobre como combater discursos de ódio.

Adrilles, Kim Kataguiri e Tabata Amaral serão investigados 

O Gecradi (Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Inteligência do Ministério Público abriu uma investigação criminal contra o comentarista Adrilles Jorge por ter feito um gesto apontado como saudação nazista durante a sua participação em um programa da TV Jovem Pan News, em fevereiro. O gesto ocorreu logo após o debate sobre as declarações de Monark, apesar do comentarista ter dito ter sido interpretado equivocadamente, foi demitido da empresa logo após o episódio. 

Além de Adrilles, o deputado federal Kim Kataguiri e Tabata Amaral que estavam na entrevista com Monark também estão sendo investigados. Kim, por sua vez, está sendo investigado pela fala neonazista. 

Entretanto, o deputado se defendeu dizendo que foi antinazista durante o programa e que não se posicionou sobre a proibição da existência de partidos nazistas na Alemanha.

Após as falas de Monark e o prejuízo sofrido pelo estúdio, uma nota foi divulgada pela empresa informando que Bruno Aib estava desligado da empresa e o respectivo episódio estava sendo retirado do ar.

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