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Governo brasileiro vê dívida bruta em 79,6% do PIB em 23, estabelece meta de déficit em 65,9 bilhões de reais

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O governo brasileiro projetou nesta quinta-feira que a dívida do país chegará a 79,6% do produto interno bruto em 2023, subindo para 80,3% em 2024 e permanecendo nesse patamar em 2025.

Governo brasileiro vê dívida bruta em 79,6% do PIB em 23, estabelece meta de déficit em 65,9 bilhões de reais. Fonte da imagem: Pixabay

Dívida bruta do PIB

Isso se compara a um nível de 79,6% atualmente, segundo o banco central, sinalizando que o governo espera uma leve expansão nos próximos anos de seu principal indicador de sustentabilidade fiscal.

Os números estão contidos no projeto de lei orçamentário de 2023 enviado ao Congresso, que estabelece uma meta de déficit fiscal primário de 65,9 bilhões de reais (US$ 14,02 bilhões) para as contas do governo central no próximo ano, conforme publicado anteriormente pela Reuters.

As contas da administração central incluem os resultados do Tesouro, da segurança social e do banco central. O Ministério da Economia do Brasil projetou recentemente um déficit primário de 66,9 bilhões de reais para este ano.

Os números são negativos desde 2014, com a deterioração fiscal afastando a dívida bruta da média dos países emergentes, que se situa em cerca de 50% do PIB.

O governo prevê no projeto de lei orçamentária que em 2024 apresentará um déficit de 27,9 bilhões de reais. Em 2025, após 11 anos de déficits consecutivos, o saldo passará para o campo positivo, em 33,7 bilhões de reais.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que melhores números fiscais após o déficit recorde registrado após o golpe da COVID-19 em 2020 demonstram o compromisso do país com a responsabilidade fiscal.

Muitos analistas, no entanto, acreditam que as eleições presidenciais deste ano levarão candidatos, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, que busca um segundo mandato, a apostar em uma retórica mais populista, deixando a disciplina fiscal de lado.

(US$ 1 = 4,7013 reais)

Rússia pede ajuda ao Brasil para controlar FMI e Banco Mundial

A Rússia pediu ao Brasil apoio do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e do grupo G20 das principais economias para ajudá-lo a combater sanções incapacitantes impostas pelo Ocidente desde que invadiu a Ucrânia, de acordo com uma carta vista pela Reuters.

O ministro da Fazenda da Rússia, Anton Siluanov, escreveu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo o “apoio do Brasil para evitar acusações políticas e tentativas de discriminação em instituições financeiras internacionais e fóruns multilaterais”.

“Nos bastidores, o trabalho está em andamento no FMI e no Banco Mundial para limitar ou até expulsar a Rússia do processo de tomada de decisão”, escreveu Siluanov. Ele não detalhou os obstáculos à participação russa nessas instituições, e suas alegações não puderam ser verificadas de forma independente.

A carta, que não fazia menção à guerra na Ucrânia, era datada de 30 de março e retransmitida ao ministro brasileiro pelo embaixador da Rússia em Brasília na quarta-feira.

“Como você sabe, a Rússia está passando por um período desafiador de turbulência econômica e financeira causada por sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados”, disse o ministro russo.

Questionado sobre a carta, Erivaldo Gomes, secretário de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Economia brasileiro, indicou que Brasília gostaria que a Rússia continuasse nas discussões em organismos multilaterais.

“Do ponto de vista do Brasil… manter o diálogo aberto é essencial”, disse. “Nossas pontes são os órgãos internacionais e nossa avaliação é que essas pontes precisam ser preservadas.”

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse na semana passada que os Estados Unidos não participariam de nenhuma reunião do G20 se a Rússia estivesse presente, citando a invasão. consulte Mais informação

Quase metade das reservas internacionais da Rússia foram congeladas e as transações de comércio exterior estão sendo bloqueadas, incluindo aquelas com seus parceiros de economia de mercado emergente, disse Siluanov.

“Os Estados Unidos e seus satélites seguem uma política de isolar a Rússia da comunidade internacional”, acrescentou.

Siluanov disse que as sanções violam os princípios dos acordos de Bretton Woods que criaram o FMI e o Banco Mundial.

“Consideramos que a atual crise causada por sanções econômicas sem precedentes impulsionadas pelos países do G7 pode ter consequências duradouras, a menos que tomemos uma ação conjunta para resolvê-la”, escreveu ele a Guedes.

O presidente de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro, que visitou Moscou poucos dias antes da invasão, manteve o Brasil neutro na crise da Ucrânia e não condenou a invasão, atraindo críticas do governo Biden.

Bolsonaro expressou “solidariedade” quando visitou o presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin, em 16 de fevereiro, cerca de uma semana antes do início da invasão.

O chanceler brasileiro, Carlos Franca, disse que o Brasil se opõe à expulsão da Rússia do G20, conforme solicitado pelos Estados Unidos.

“O mais importante neste momento é ter todos os fóruns internacionais, G20, OMC, FAO, funcionando plenamente, e para isso todos os países precisam estar presentes, inclusive a Rússia”, disse Franca em audiência no Senado em 25 de março.

Fonte/Crédito: Reuters

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