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Faltam testes para identificar dengue, zika e chikungunya em diversos estados e governo prevê envio até junho

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Casos de dengue, zika e chikungunya aumentaram em 165%, 75% e 70% respectivamente. Estados relatam falta de testes diagnósticos para estas doenças. 

Surto de doenças arboviroses

Atualmente, o Brasil vive um surto de doenças conhecidas e chamadas “arboviroses”: dengue, zika e chikungunya. Estas doenças são causadas por vírus transmitidos por um mosquito, o Aedes aegypti. As doenças compartilham a falta de insumos de testes diagnósticos nos seguintes estados: Bahia, Piauí, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. 

Apesar dos estados declararem que faltam insumos, o Ministério da Saúde afirma que as novas remessas estão previstas para o mês de junho.

Mesmo com a afirmação, a pasta não detalha os motivos da escassez e os impactos dela no controle do surto, embora cerca de dois estados relacionem o problema a consequências de bloqueios por causa da pandemia na Ásia e consequências da guerra que ocorre na Ucrânia. 

Boletim epidemiológico

Segundo o boletim epidemiológico mais recente do governo federal, o aumento no total de casos até a semana epidemiológica 19, que encerrou no dia 14 de maio, na comparação com o mesmo período do ano de 2021, segue as informações: 

  • Dengue com aumento de 165,7%; 
  • Chikungunya com aumento de 74,9%;
  • Zika com aumento de 70,7%. 

No boletim, o Ministério alerta a importância de medidas para conter o avanço da doença. Por conta disso, desde o dia 9 deste mês, mantém uma “sala de situação de arboviroses” e realizou ações no campo do Distrito Federal, Goiás e Rio Grande do Sul. 

O Ministério afirmou que foram confirmados 323 óbitos por dengue, sendo 285 por critério laboratorial e 38 por critério clínico epidemiológico. Os estados que apresentaram ainda o maior número de óbitos foram: São Paulo (118), Goiás (37), Santa Catarina (35), Rio Grande do Sul(30), Bahia(21) e, por fim, Paraná(20). Outros 333 óbitos ainda seguem em investigação. 

Esforços para conter o surto

O Ministério da Saúde afirma que atua sem medir esforços, mas não especifica os impactos. E, com a falta de testes para diagnosticar a dengue, ainda é possível identificar a doença sem o exame, bastando a análise dos sintomas, segundo os critérios da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Oronides Urbano Filho, destaca que, com esses sinais, a população deve buscar uma UBS (Unidade Básica de Saúde) para realizar a avaliação clínica. O médico ainda poderá indicar a realização de um exame de sangue que deverá confirmar a contaminação do paciente. 

Segundo o subsecretário, é possível realizar a hipótese diagnóstica de dengue com um exame de hemograma e, através dos resultados, será possível acompanhar o paciente, intervir e ajudar no bom desfecho. 

A Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Federal afirmou que existe “falta transitória” de testes de dengue, e segundo o subsecretário da Vigilância à Saúde, Divino Valero, a realização dos exames ainda amplia a vigilância epidemiológica e a tirar as dúvidas em determinados casos da doença. Entretanto, mesmo com a falta de insumos, não há impedimentos a notificação ou tratamento. 

Doenças Arboviroses 

As doenças arboviroses são conhecidas por seus sintomas semelhantes, mesmo sendo distintas. A dengue e a chikungunya possui sintomas e sinais parecidos, a Dengue se destaca por conta das dores no corpo do paciente, a Chikungunya pelas dores e inchaço nas articulações, enquanto a Zika se destaca por conta da febre baixa ou ausência de febre, além de manchas na pele e coceira no corpo. 

Caso tenha algum sintoma semelhante, é necessário ir em uma UBS para fazer o diagnóstico.

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