Economia

Exportação baiana em março é a maior na série histórica

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O bom desempenho das vendas ao exterior no mês anterior tem explicação pelo volume de embarques derivados de petróleo.

Exportações baianas registraram cerca de US$ 974,3 milhões no mês passado

As exportações baianas registraram US$ 974,3 milhões apenas em março, o que demonstra o melhor resultado para o mês da série histórica que iniciou ainda em 1998 e superando em 37,3% o valor registrado em março do ano passado. Os dados foram divulgados através da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento, Seplan.

É possível dizer que o bom desempenho das exportações no mês se deve pelo volume significativo de embarques derivados de petróleo, uma alta de 172,8% comparadas a março de 2021. 

O preço do produto no mercado internacional obteve um crescimento de 42,6% por conta do salto das cotações logo após o conflito na Ucrânia, que também foi um dos principais motivos apresentados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia. 

Com o ambiente favorável isso proporcionou as receitas do segmento a terem um incremento de, pelo menos, 289,1% na comparação interanual.

Entenda como ficou o primeiro trimestre do ano 2022 

No primeiro trimestre, o estado registrou cerca de US$ 2,51 bilhões em exportações, o que é 41% superior ao período do ano anterior. As importações tiveram a soma de US$ 2,83 bilhões, sendo 66,4% acima do registrado até março do ano passado, mas com destaque para os desembarques de combustíveis que tiveram um crescimento de 279,4% na comparação interanual. 

O crescimento das importações no período proporcionou que a balança comercial da Bahia aumentasse o déficit de US$ 506,7 milhões no trimestre.

Em março, por exemplo, as exportações agropecuárias tiveram um alcance de US$ 347 milhões e cresceram em 52,6%, com destaque a soja que teve embarques robustos registrando uma alta de 67,2% por conta do tempo da safra, plantada e colhida mais cedo em relação a 2021 e as vendas da indústria de transformação por exemplo já tiveram um alcance de US$ 544 milhões e um incremento de 43,2% que foram puxadas pela indústria do refino. Enquanto a indústria extrativa teve vendas de US$ 79 milhões, o que registra um recuo de 20,3% no mês comparados em relação ao mesmo período do ano passado. 

Segundo a SEI, existe ainda a expectativa do conflito no Leste Europeu desacelerar o crescimento global, com o impacto no comércio internacional. E, com isso, deverá aumentar os preços dos combustíveis, como já apresentaram os dados do mês de março. 

A SEI informa que a movimentação prejudica o estado já que importa combustível, entretanto, favorece outros locais, como a importância das commodities, os produtos de origem agropecuária ou de extração mineral na pauta de exportações da Bahia.

Explosões de preços na Importação causa o crescimento das compras externas no estado

O aumento de preços na importação causou o crescimento das compras externas baianas no mês passado, que teve um alcance de 28,4% a US$ 792,9 milhões.

O primeiro trimestre registrou que as importações chegaram a US$ 2,83 bilhões, superando ao valor alcançado pelas exportações e com um incremento de 66,4%, na comparação interanual.

Mesmo com o crescimento do quantum no total do trimestre (23,5%) que ocorreu em março, o refluxo no volume desembarcado (15,3%) apresenta um fraco ritmo da atividade econômica. Uma queda de 36,2% na compra de bens intermediários e de 16,6% nas de bens de capital. 

O efeito do preço possibilitou as despesas em 29,4% em março. Já os desembarques de combustíveis cresceram tanto em volume quanto em valor atingindo US$ 545 milhões e incremento de 120,7%, como gás, nafta, petróleo, querosene e óleo diesel, comparando-se ao mesmo período do ano passado. 

Os receios do agronegócio sobre os fertilizantes registrou queda no volume de compras em março em, pelo menos, 31%, inclusive os procedentes da Rússia. 

O valor desembolsado cresceu em 40,4%, sendo um aumento de preço médio na ordem de 103,2% em relação ao mesmo período de 2021.

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