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EUA matam chefe do Estado Islâmico na Síria

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Os Estados Unidos da América (EUA) mataram o chefe do Estado Islâmico em uma operação ocorrida na Síria. O ataque deixou um rastro de 13 mortos, sendo 6 crianças e 4 mulheres. O governo americano estava oferecendo uma recompensa no valor de 10 milhões de dólares por informações que levassem a Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi.

Morte de Chefe do Estado Islâmico

As forças especiais dos Estados Unidos protagonizaram uma operação antiterrorista na região noroeste da Síria na quarta feira (2), atingindo o objetivo de matar o chefe do Estado Islâmico Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi.

Na operação, os americanos também aniquilaram crianças e mulheres, conforme informações obtidas do Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH), tratando-se esta de uma ONG que possui uma grande rede de informações na Síria.

A operação das forças dos Estados Unidos na Síria foi a maior realizada desde outubro de 2019, quando o então líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdad, foi assassinado.

A morte de Abu Bakr al-Baghdad, à época, foi confirmada 4 dias depois pelo grupo terrorista que ainda fez um anúncio de que Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi era o sucessor.

Segundo uma publicação no ano de 2020 do jornal inglês The Guardian, o real nome de al-Qurayshi era Amir Mohammed Abdul Rahman al-Mawli al-Salbi, tendo sido escolhido um codinome para que não fosse reconhecido pelos serviços de inteligência.

O presidente americano, Joe Biden, confirmou na quinta feira (3) que os Estados Unidos estavam oferecendo recompensa de 10 milhões de dólares por informações que os levasse até al-Qurayshi.

Biden declarou que “Graças à habilidade e bravura de nossas Forças Armadas, tiramos do campo de batalha Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi – o líder do ISIS” (Estado Islâmico, na sigla em inglês).

Algumas horas antes, o Pentágono havia informado que as forças especiais americanas “executaram uma missão antiterrorista durante a noite no noroeste da Síria” e que “a missão foi um sucesso”.

A operação

A operação americana consistiu no pouso de militares em helicópteros na cidade de Atme, na província de Idlib, local próximo à fronteira com a Turquia. Durante esta ação foi possível ouvir várias explosões e tiros ao longo de duas horas.

O alvo americano era uma casa que contava com dois andares e que ficou parcialmente detonada com o ataque dos militares norte americanos.

A construção sofreu um ataque noturno das forças especiais dos Estados Unidos, cujos alvos eram jihadistas.

Guerra civil na Síria

A província de Idlib está localizada ao noroeste da Síria, próximo à fronteira com a Turquia, não sendo ela controlada pelo ditador Bashar al-Assad.

Informações indicam que grupos extremistas e insurgentes utilizam a região da província como base de luta contra o regime sírio, fazendo com que esta guerra civil tenha duração de mais de 10 anos.

As províncias de Idlib e as vizinhas, Hama, Aleppo e Latakia, são dominadas pela Organização para Libertação do Levante (Hayat Tahrir Al Sham – HTS), que consiste no antigo braço direito da Al-Qaeda em território sírio.

A província é lugar de abrigo de grupos rebeldes e também de grupos extremistas como os Guardiões da Religião (Hurras Al Din).

Ataques da Rússia e dos Estados Unidos

As facções, todas elas, já sofreram ataques aéreos do governo sírio e da Rússia, apoiadora do regime de Assad.

Os Estados Unidos lideram uma coalizão internacional e as forças especiais norte americanas promovem também seus ataques na região, em que pese operações com helicópteros serem raras.

Apesar de a Síria ser um país muito fragmentado e que conta com a presença de diversos grupos insurgentes e terroristas, protagoniza uma guerra complexa e que já é responsável pela morte que quase meio milhão de pessoas desde o ano de 2011.

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