Economia
Estimativa para inflação em 2022 aumenta de 6,45% para 6,59%, veja mais detalhes.
O Banco Central divulgou informações nesta segunda-feira. Esta é a décima alta seguida na estimativa.
Mercado financeiro aumenta estimativa de inflação em 2022
Esta é a décima alta seguida na estimativa e há ainda uma meta definida pelo CMN de 3,5%. O Banco Central disponibilizou nesta segunda-feira que os analistas do mercado financeiro aumentaram de 6,45% para 6,59% a estimativa da inflação em 2022.
Os dados foram colhidos na semana passada através de uma pesquisa com mais de 100 instituições financeiras e, segundo o resultado, é a décima alta seguida na previsão do mercado.
O Conselho Monetário Nacional, entretanto, possui uma meta de inflação para este ano, sendo de 3,5%, mas vale lembrar, que será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%.
Mas, vale lembrar que desde 2021, os analistas do mercado financeiro já previram a inflação em 2022 acima do teto da meta estipulada.
Entenda o cenário do mercado financeiro e a inflação
Segundo as previsões de inflação do mercado financeiro, só começou a subir com mais intensidade logo após o anúncio da Petrobras sobre o aumento dos combustíveis, em meio à disparada do preço do petróleo.
Caso a previsão do mercado se confirme para a inflação deste ano, será o segundo ano seguido de estouro da meta estipulada. No ano passado, o IPCA somou cerca de 10,06%, o maior desde 2015.
Para conseguir alcançar a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional, o BC decide elevar ou reduzir a taxa básica de juros da economia, a taxa Selic.
Para o ano que vem, o mercado subiu de 3,70% para 3,75% a estimativa de inflação e a meta fixada é de 3,25%, tal meta será considerada cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Entenda como estão as expectativas para 2022 e a Selic
De acordo com os dados apresentados pelo Banco Central, o mercado financeiro elevou a previsão do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano de 0,49% para 0,50%. Esse aumento só ocorre após a divulgação do crescimento do PIB de 2021 de 4,6% pelo IBGE. Vale lembrar que o PIB é a soma dos bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Entretanto, para o ano que vem, o mercado financeiro baixou a expectativa de alta do PIB de 1,43% para 1,30%.
Por conta deste aumento na inflação, o mercado também projeta uma alta maior na taxa básica de juros, a Selic, para 2022.
Os analistas estimavam a taxa Selic com avanço de até 12,75% ao ano no fim de 2022, entretanto, agora projetam que pode chegar a 13%.
Mas, para o fim de 2023, a expectativa do mercado para a Selic aumentou de 8,75% para 9% ao ano. Com isso, o mercado aguarda a queda dos juros no ano que vem.
Apesar disso, há outras estimativas do mercado financeiro, como o dólar que possui projeção para a taxa de câmbio no fim deste ano permaneceu com R$ 5,30, mas para o fim de 2023 aumentou de R$ 5,21% para R$ 5,22 por dólar.
E, no que diz respeito à balança comercial, que é o resultado do total de exportações menos as importações, a projeção deste ano subiu de US$ 63,50 bilhões para US$ 64,50 bilhões de resultado positivo. Para 2023, continua com US$ 51 bilhões de superávit.
A previsão do mercado e do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros apresentou estabilidade em US$ 59 bilhões, já para o ano que vem, houve um aumento de US$ 69,2 bilhões para US$ 69,5 bilhões.