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Deportados brasileiros ilegais dos EUA relatam frio, fome e bagagens confiscadas

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Brasileiros ilegais nos Estados Unidos da América (EUA) que foram deportados relatam que fizeram travessia por esgoto, passaram fome, frio e tiveram bagagem confiscada, o 3º voo que ocorreu em 2 (dois) dias, mandou de voltar 187 brasileiros e relatam falta de banho e medicamentos para crianças.

Brasileiros Ilegais deportação

Dados indicam que mais de 187 pessoas foram desembarcadas no sábado (5) após irem atrás do sonho de terem uma vida melhor nos Estados Unidos. O voo trazendo os deportados decolou no esta do Texas e pousou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, às 13:15h.

Os brasileiros estavam presos no Texas por tentativa de imigração ilegal. Ao longo de todo o trajeto, ficaram algemados.

Os brasileiros desembarcaram somente com a roupa do corpo, consistente em blusas pretas de malha, moletons amarelos e cinzas. Itens foram recebidos por eles como oferta do governo norte-americano.

O grupo também carregava sacolas plásticas, recebida no aeroporto, que continham água e comida. Antes disso, as pessoas estavam sem comidas. Eles também receberam mantas e os documentos pessoais de volta. O resto da bagagem foi confiscada pelo governo dos Estados Unidos.

Junto ao grupo havia várias crianças, algumas delas ainda de colo. Vários pais chegaram a chorar quando pisaram no saguão do aeroporto.

Os relatos são de um verdadeiro pesadelo vivido, com episódios de maus tratos, ausência de banho, comida e principalmente de assistência às crianças e adolescentes por parte dos agentes norte-americanos.

Um homem da cidade de Betim/MG relatou que iria pagar 90 mil reais a um coiote caso conseguisse sua permanência nos Estados Unidos. Ainda informou que “Crianças vomitavam, estavam recebendo só maçã, suco e burritos, que era uma massa que elas passavam mal. Os banheiros tinham um metro de altura, todo mundo usava junto”.

Dez quilos a menos

Um homem de 27 anos de idade, natural do estado de Goiás e que se encontrava desempregado, tentou a travessia por meio ilegal junto de sua esposa de 25 anos e o filho de 2 anos de idade.

Em seu relato, informou que ficaram presos com outras 300 pessoas dentro de um containêr de apenas 100 metros quadrados, tendo perdido 10 quilos neste confinamento: “Ficamos dez dias sem tomar banho e escovar os dentes. Minha mulher só chorava com meu filho de 2 anos”.

Travessia pelo esgoto

Um homem deportado, de 55 anos de idade, da cidade mineira de Governador Valadares, estava acompanhado de sua mulher e de seu filho. Relatou as condições precárias no momento da prisão. “A gente que ganha um salário mínimo pra sobreviver vai tentar algo melhor”, disse.

Relatou que saiu do Brasil no dia 14 de janeiro com o fim de atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, passando por um trecho de esgoto.

“O coiote deixou a gente na beira do rio. Quando atravessamos, fomos pegos”.

Maioria é do estado de Minas Gerais

Desde o ano de 2019, mais de 3 mil brasileiros que viviam de maneira ilegal nos Estados Unidos foram deportados em 54 voos. A maior parte deles é de mineiros.

No dia 26 de janeiro chegou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, um voo com mais de 210 deportados, sendo que, dentre eles, 90 eram crianças e adolescentes. Todos eles relataram os mesmos maus tratos por parte dos agentes norte-americanos.

Diversos passageiros deportados afirmaram que passaram fome e frio no período em que ficaram presos e que até mesmo medicamentos eram negados para as crianças.

A Polícia Federal está investigando se houve violações aos direitos das crianças e adolescentes para verificar as medidas que serão tomadas.

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