COVID-19

Universidade Federal de Minas Gerais diz que nova linhagem da variante ômicron no Brasil é mais infecciona, confira

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Detectada pela equipe do CTVacinas da Universidade Federal de Minas Gerais, subvariante BA.2.12.1 é mais infecciosa e possui maior efeito sobre pessoas imunizadas. Veja mais informações. 

A subvariante BA.2.12.1 é a responsável por contaminações e mortes nos EUA

A circulação de uma nova linhagem da variante ômicron do Sars-CoV-2 foi detectada pela equipe do CTVacinas da UFMG que encontrou a subvariante em Minas Gerais. A subvariante chamada de BA.2.12.1 é predominante nos Estados Unidos e tem sido a principal causa de contaminações e mortes no país. 

De acordo com o docente e membro do CTVacinas, professor Flávio da Fonseca, a nova linhagem dissemina com mais rapidez do que as outras da ômicron presentes no Brasil e, por conta disso, a equipe está preocupada com a nova descoberta. 

A detecção ocorreu logo após um evento internacional que ocorreu no Rio de Janeiro. Cerca de três pesquisadores de Belo Horizonte voltaram à capital com sintomas da Covid-19 e realizaram o exame RT-PCR. As três amostras recolhidas continham quantidade de vírus muito alta, o que desencadeou a atenção dos pesquisadores relacionados à UFMG. 

Pesquisadores decidem realizar sequenciamento genético das amostras para detectar variantes

 O docente explicou que por se tratar de um evento com a presença de diversos estrangeiros, a equipe optou por realizar o sequenciamento genético das amostras para detectar a variante e, foi através disso, que foi constatado que a nova linhagem do vírus chegou ao Brasil.

Flávio ainda explicou que ao acompanhar as novas linhagens é uma forma importante para a vigilância que deve ser feita pelos governos. Segundo ele, a cada surgimento de uma variante, ela se subdivide em linhagens que podem ter características diferentes. Podendo ser mais infecciosas, mais graves, resistentes a anticorpos vacinais ou até mesmo mais transmissíveis. 

Por conta disso, é essencial monitorar a entrada de novas linhagens para que se possa fazer a verificação constante de aumento de casos de infecção ou se essas novas linhagens vão se difundir. 

Após a detecção da subvariante em MG, a Secretaria de Estado de Saúde Minas Gerais(SES) está tomando providências. Entre elas, será realizado o rastreamento das pessoas que tiveram contato com os contaminados para que se possa descobrir se a nova linhagem vai se espalhar e a definição de formas de contenção. 

A vacinação consegue minimizar mutações e riscos 

O pesquisador ainda acrescenta que a vacinação com todas as doses de reforço é importante para que o surgimento de novas mutações do vírus seja minimizado. Flávio ainda explica que a cada vez que o vírus se multiplica, mais ele sofre mutações e, quanto mais mutações, maior é a chance do surgimento de uma nova variante. Por conta disso, a vacina é um auxílio fundamental para impedir que o vírus se multiplique, além de impedir que novas variantes e mutações importantes apareçam. 

Outro detalhe que vale informar é que a vacina permite que os infectados pelas novas variantes tenham sintomas mais leves e apresentem uma menor quantidade de vírus no organismo, o que reduz a transmissibilidade e a mortalidade.

Flávio da Fonseca ainda diz sobre a expectativa e a eminente esperança que neste ano de 2022 ou o próximo, a situação de pandemia seja encerrada e o vírus da Covid-19 entre em uma condição endêmica e sazonal, parecida com à da influenza atualmente. Apesar do Sars-CoV-2 ainda continuar circulando, será um problema que teremos de conviver.

É importante que a população continue seguindo os protocolos de segurança mesmo após a liberação do uso de máscaras em ambientes abertos a fim de evitar a contaminação.

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