Economia

Com queda do PIB de 0,99% em janeiro, a prévia sobe 0,34% em fevereiro, segundo o Banco Central

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O resultado foi publicado nesta segunda-feira (2). Durante o primeiro bimestre do ano foi registrado uma alta na economia de 0,4%, nos últimos meses até fevereiro o crescimento foi de 4,8%.

BC volta a registrar expansão no mês de fevereiro

De acordo com o Banco Central, após a decaída no começo do ano, o nível de atividade da economia voltou a registrar expansão no mês de fevereiro.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), em fevereiro teve uma alta de 0,34%, comparando com o mês anterior. Esse valor foi calculado após o ajuste sazonal, que é considerado como uma forma de compensação usada para comparar períodos diferentes.

Segundo informações do Banco Central, na comparação com o mês de fevereiro do ano passado o indicador do nível de atividade, que foi publicado nesta segunda-feira, registrou um crescimento de 0,66%. 

O PIB é formado pela soma de todos os bens e serviços produzidos no país, assim, serve para medir a evolução da economia. Desse modo, o indicador do Banco Central apresenta um cálculo um pouco diferente, já que é usado outros aspectos para calcular os valores. 

Com a alta apresentada no mês de fevereiro, o índice de atividade do Banco Central atingiu 139,30 pontos, sendo considerado o maior patamar desde dezembro de 2021, quando tinha 139,85 pontos.

Registro de expansão

Na soma do primeiro bimestre deste ano, segundo informações oficiais, o nível de atividade da economia brasileira registrou uma expansão de 0,44%, sem ajuste sazonal. De acordo com o Banco Central, esse indicador mostrou um crescimento de 4,82% em 12 meses até fevereiro. Dessa forma, o índice também foi calculado sem nenhum ajuste sazonal.

Patamar de atividade

Com a desaceleração da economia é divulgado o indicador do nível de atividade, uma vez que é fruto da alta inflação e da taxa básica de juros da economia, como também da guerra na Ucrânia, que impacta todo o crescimento econômico mundial. 

  • Para o ano de 2021, é estimado pelo mercado financeiro uma alta de 0,65%, apresentando forte desaceleração em relação ao crescimento de 2021 que foi de 4,6%.
  • Já para o Ministério da Economia, o último valor estimado foi divulgado no mês de março deste ano, com a projeção indicando um aumento de 1,5% em 2022.

PIB X IBC-Br

O indicador do Banco Central, IBC-Br, foi criado para tentar antecipar os valores estimados pelo PIB, no entanto, esses resultados nem sempre apresentaram proximidade com os dados oficiais que são divulgados pelo IBGE. 

Os dois cálculos apresentados são distintos, uma vez que o indicador do Banco Central incorpora estimativas para o ramo da agropecuária, indústria e setor de serviços, como também os impostos, entretanto, não é considerado no cálculo a demanda, como é no caso do cálculo do PIB do IBGE, apresentando estimativas mais concretas em relação a prévia  . 

Dessa maneira, o IBC-Br é uma das ferramentas que é usada pelo Banco Central para poder definir a taxa básica de juros do país. Assim, com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria uma menor pressão inflacionária no país. 

No mês de março, a  taxa registrada atingiu o valor de 11,75% ao ano, logo, sendo o maior nível em cinco anos, com o objetivo de conter a alta dos preços no mercado financeiro. Dessa forma, os analistas das instituições financeiras estimam que a taxa poderá subir ainda mais nos próximos meses, podendo atingir o valor de 13,25% no fim de 2022. 

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