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Chuvas recentes não significa a rápida recuperação dos reservatórios de água

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A situação dos volumes de água das áreas que abastecem hidrelétricas no Sudeste e Centro-Oeste é crítica para os tempos atuais. A designer digital Carla Prado já ficou por quase quatro dias sem água e a volta da chuva não aliviou a situação. “Olha só. Essa é a torneira de água da rua. Não tem nada”.

Enquanto que, a doméstica Miriam Almeida usa balde e bacia para aproveitar a água que cai do telhado em dias de chuva. Neste último sábado, 16, o fornecimento voltou, o que ajudou a colocar o serviço em dia.

Porém, com a chuva dos últimos dias, quatro reservatórios que abastecem Curitiba e região metropolitana melhoram de 49% para 56%, o nível médio. Nos reservatórios de hidrelétricas, a situação continua crítica mesmo neste período chuvoso. O subsistema Sudeste e Centro-Oeste, responsável por cerca de 70% da geração de energia do país, está com menos de 17% da capacidade. No Sul e Nordeste, não é 40% e no Norte está em 53%. De acordo com a companhia de abastecimento, nenhum destes índices são suficientes para acabar com o rodízio de água.

Segundo Operador Nacional do Sistema essa é a pior crise desde 1930

Não obstante ser a pior crise desde 1930, de acordo com o Operador Nacional do Sistema. O professor Cláudio Krüger da Universidade Federal do Paraná, recompor o volume dos reservatórios leva muito tempo. Podemos dizer que esta é a pior crise desde 1930 por conta de que antes deste ano, infelizmente não havia monitoramento ou medição.

As chuvas de outubro representam uma pequena melhora para os reservatórios

As chuvas de outubro apresentaram um pequeno alívio para os reservatórios, entretanto, é preciso de mais água para compensar os dois anos de chuva abaixo da média histórica no país. As previsões para os próximos meses não são animadoras. Com a confirmação do fenômeno La Niña, as chuvas estarão abaixo da média entre o final da primavera e do verão, o que tem preocupado não só os especialistas e os órgãos responsáveis, mas também toda a população brasileira que está aflita com a realidade de rodízio e dias sem água na torneira.

Por conta disso, os brasileiros estão buscando cada vez mais outras alternativas para sobreviver durante este período de poucas chuvas em seus Estados.

Uma forma de conseguir aproveitar água, no caso, é como a doméstica Miriam Almeida tem feito: pegar um balde e aproveitar a água que cai da telha para que possa utilizar em casa, seja para lavar louça, tomar um breve banho ou arrumar a casa. Reinventar-se para que possa sobreviver é o que muitos têm procurado desde antes da pandemia e, agora, principalmente onde a higiene é primordial para que outras doenças não tenham vez no cotidiano novamente.

Portanto, apesar das breves chuvas dos últimos dias, ainda não é tempo de celebrar. É preciso de muito mais chuva para que consigamos recuperar nossos reservatórios e ficar sem preocupações quanto ao sistema de rodízio.

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