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Biden alerta que invasão da Ucrânia ainda possível apesar de retirada de tropas russas

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Líder americano diz que ainda é preciso verificar se os soldados russos estão mesmo recuando. Biden fez novas ameaças a Moscou de que irá utilizar de sanções severas caso haja um ataque à Ucrânia.

Na terça feira (15) o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, saudou o anúncio emitido pela Rússia de que está retirando suas tropas de região de fronteira com território Ucraniano. Todavia, afirma que ainda não averiguou se isso realmente está acontecendo e reafirmou que um ataque russo contra a Ucrânia ainda é uma grande possibilidade.

“O ministro da Defesa russo informou hoje que algumas unidades militares estão deixando suas posições perto da Ucrânia. Seria bom, mas ainda não verificamos isso. Ainda não verificamos se as unidades militares russas estão retornando às suas bases”, afirmou Biden. “Nossos analistas indicam que elas permanecem em uma posição muito ameaçadora, e permanece fato agora que a Rússia tem mais de 150 mil soldados circundando Ucrânia e Belarus, e ao longo da fronteira da Ucrânia. E a invasão permanece claramente possível.”

Biden ainda fez ameaças a Moscou:

“Os Estados Unidos estão preparados, aconteça o que acontecer. Estamos prontos para nos engajarmos na diplomacia com a Rússia e nossos aliados e parceiros para melhorar a estabilidade e a segurança na Europa como um todo. E estamos prontos para responder decisivamente a um ataque russo contra a Ucrânia, que ainda é uma grande possibilidade. Todos os eventos das últimas semanas e meses, esta tem sido a nossa abordagem e continua a ser a nossa abordagem agora”.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que não quer guerra na região: “Queremos [uma guerra], ou não? É claro que não. Por isso, apresentamos nossas propostas para um processo de negociação”.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, a seu turno, ao lado de Putin, afirmou que “Ações corajosas têm que partir de todos nós. É nosso maldito dever defender a paz”.

A fala do chanceler alemão e presidente russo aconteceu em meio a imensas tensões na Ucrânia. Os países do ocidente fazem ameaças à Rússia com sanções tidas por “sem precedentes” no caso de haver um ataque russo ao território ucraniano.

Os Estados Unidos, assim como outros países integrantes da aliança militar da Otan, chegaram a enviar reforços militares ao leste europeu e dizem que uma invasão russa pode acontecer “a qualquer momento”.

Segundo Putin, a Rússia tomou a decisão de tirar parte de suas tropas a fim de proporcionar uma conversa com países ocidentais. O chanceler alemão, Olaf Scholz afirmou, ao lado de Putin, que esta retirada representa um “bom sinal” e que as opções de cunho diplomático a fim de evitar uma guerra não estão esgotadas.

O presidente russo diz que deseja “continuar trabalhando em conjunto” a países ocidentais sobre a segurança europeia a fim de acabar com crise relativa à Ucrânia.

“Estamos dispostos a continuar trabalhando em conjunto. Estamos dispostos a seguir o caminho da negociação”, afirmou.

Putin ainda fez críticas aos países ocidentais quanto à rejeição de várias de suas exigências, que considera como as mais importantes, as quais “infelizmente não receberam uma resposta construtiva”.

O que quer a Rússia?

São 3 (três) as principais exigências do governo russo:

– O fim da política expansionista da Otan;

– Comprometimento da Otan quanto a não implementar armas de ataque perto de suas fronteiras;

– Retorno da infraestrutura da Otan nas fronteiras como era em 1997, anteriormente à integração de países da ex-União Soviética no bloco.

Apesar de terem sido rejeitadas, Putin afirma que não vai renunciar às suas demandas e que elas fariam parte da negociação entre Rússia e países ocidentais.

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