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BH: Professores fazem paralisação por reajuste salarial, escolas municipais e Emeis estão sem aula temporariamente
O sindicato da categoria invocou os profissionais para uma assembleia para discutir a questão.
Professores de escolas municipais fazem paralisação pedindo por reajuste salarial
Em Belo Horizonte, professores da rede pública municipal fizeram uma paralisação geral nesta terça-feira, dia da mulher, para reivindicar o reajuste salarial. O Sind-Rede Bh (Sindicato dos Trabalhadores Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte) convocou a categoria para uma assembleia que foi realizada no início da tarde desta terça, na praça da Estação.
Por conta disso, não houve aulas para os alunos matriculados em escolas municipais e Emeis. O Sind-Rede BH garantiu que não haverá corte de ponto para os trabalhadores que participaram da assembleia.
Segundo o sindicato, o assunto da assembleia será a apreciação da proposta da Prefeitura de Belo Horizonte para a campanha salarial deste ano e a deliberação de um calendário de mobilização.
Proposta de reajuste da Smed e da Prefeitura descumpre Lei Nacional do Piso Nacional do Magistério
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte, a proposta de reajuste parcelado que seria 5% a ser pago em agosto e 6,77% em janeiro de 2023 da Secretaria Municipal de Educação(Smed( e da Prefeitura de Belo Horizonte irá descumprir a Lei Nacional do Piso Nacional do Magistério para os primeiros 7 níveis da carreira da Educação.
O sindicato também alimentou a crítica sobre a extinção dos primeiros níveis e o reenquadramento dos profissionais que irão passar a receber abaixo do piso, já que, em termos práticos, é um achatamento da carreira do professor municipal.
Após a assembleia, os professores seguiram para a porta da prefeitura local, onde realizaram um ato e, na sequência dos acontecimentos, os docentes irão se integrar ao movimento dedicado ao Dia Internacional da Mulher.
Prefeitura de Belo Horizonte aguarda parecer positivos da categoria
A Prefeitura de BH reforçou sobre o respeito à livre manifestação e disse aguardar que o reajuste proposto, de, pelo menos, 11,77% e outras demandas mais específicas da educação tenham parecer positivo da categoria durante a assembleia.
A Prefeitura completou a fala dizendo sobre os esforços e desafios enfrentados nos últimos anos para oferecer a recomposição inflacionária ao funcionalismo e atender demandas específicas e históricas e, sequer houve atraso ou parcelamento de salário “mesmo durante a pandemia”.
Segundo a PBH, em relação a educação municipal, o comparativo entre dezembro de 2016 e 22 os aumentos da remuneração média por período, considerando o reajuste que foi proposto, será de 140,18% para professores da educação infantil e de 73,32% para os professores de ensino fundamental.
Indicativo de greve e professor com mais tempo de carreira passa a receber o mesmo que o professor no início da carreira
A diretora do Sind-Rede BH, Vanessa Portugal, alega que a prefeitura propõe acabar com a carreira da educação, já que os professores que possuem mais tempo de serviço passam a ganhar o mesmo que aqueles que estão ingressando. A mesma disse que, em dez anos, o professor com 30 anos de serviço ganhará o mesmo que o professor que acabou de ingressar. Portugal afirmou não haver sentido em aplicar a lei do piso destruindo a carreira desta forma. Segundo o sindicato, a categoria está com indicativo de greve e a paralisação será mantida. A adesão à paralisação é de, pelo menos, 80%.
Apesar dos argumentos e das propostas da prefeitura, a categoria afirma não só não haver sentido a aplicação da lei do piso, mas também a destruição iminente da carreira da educação.