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Banco Central do Brasil retomará divulgação de dados na próxima semana após greve
O Banco Central do Brasil disse nesta quarta-feira que retomará a divulgação de dados que foram suspensos devido a uma greve de seus funcionários, incluindo uma pesquisa semanal vista como crítica para a condução da política monetária.
A greve dos funcionários do BC
A pesquisa semanal FOCUS do banco central compila dados de mais de 100 economistas privados para indicadores macroeconômicos, incluindo inflação e taxas de juros. Foi divulgado pela última vez em 28 de março e voltará ao normal na próxima terça-feira, disse o banco central.
Funcionários do banco central suspenderam a divulgação da pesquisa e de vários outros indicadores em protesto contra as reivindicações salariais. A greve, no entanto, foi interrompida na terça-feira, depois que o governo sinalizou alguma disposição para conceder reajustes salariais. consulte Mais informação
Encarregado de um aperto monetário agressivo para conter a inflação de dois dígitos, o banco central brasileiro disse repetidamente que considerará a convergência das expectativas do mercado às metas oficiais de inflação em sua dosagem de política.
O monitoramento desses dados foi visto como crucial em um momento em que os preços ao consumidor continuam surpreendendo em alta, lançando dúvidas sobre até onde iria o ciclo de aperto. As taxas estão em 11,75%, de uma baixa recorde de 2% em março de 2021, e os formuladores de políticas disseram que um último aumento de 100 pontos base poderia encerrar o processo em maio.
O banco central disse que continua a ter acesso interno a essas informações, apesar de sua interrupção ao público em geral.
Funcionários do Banco Central do Brasil aprovam suspensão da greve
Os funcionários do Banco Central do Brasil aprovaram a suspensão de uma greve que começou no início deste mês devido a reivindicações salariais, mas continuará trabalhando com paralisações parciais diárias, disseram representantes dos funcionários na terça-feira.
O presidente do Sindicato dos Bancos Centrais do Brasil, Fabio Faiad, disse que os funcionários do banco central consideram insuficiente a proposta do governo de um aumento salarial de 5% para todos os funcionários e vão esperar duas semanas para que outra alternativa seja oferecida. Faiad disse que a contraproposta dos trabalhadores é de um aumento salarial de 27% nas remunerações.
Os funcionários vão pausar a greve, mas terão paralisações diárias das 14h às 18h, aguardando um posicionamento oficial do governo, disse. “Se nada for oferecido oficialmente, a greve será retomada automaticamente em 3 de maio.” O banco central não comentou imediatamente sobre a suspensão da greve.
Funcionários do banco central do Brasil entram em greve, pois seu chefe está de férias em Miami
Os funcionários do banco central do Brasil iniciaram uma greve indefinida por um aumento salarial na sexta-feira, ameaçando a estabilidade do popular sistema de pagamento instantâneo Pix e a publicação de lançamentos de dados.
Com a inflação brasileira chegando a dois dígitos, as greves no setor público se tornaram mais comuns nos últimos meses, atrapalhando o dia a dia do governo e causando dores de cabeça para o presidente Jair Bolsonaro que busca a reeleição em outubro.
A greve está ocorrendo enquanto o presidente do banco central, Roberto Campos Neto, está em Miami em férias pré-agendadas.
Os funcionários do Banco Central do Brasil votaram na segunda-feira por uma greve por tempo indeterminado a partir de 1º de abril, citando demandas não atendidas de aumento salarial.
Em nota, Fabio Faiad, presidente do sindicato dos trabalhadores SINAL, disse esperar que 60% a 70% dos trabalhadores adiram à greve.
O banco central disse na sexta-feira que sua Pesquisa Focus de economistas não será divulgada na data prevista para a próxima semana, nem os dados sobre fluxos cambiais e cadernetas de poupança brasileiras. Ele não disse quando a publicação será retomada.
Em seu pronunciamento nesta sexta-feira, Faiad também lamentou o momento das férias de Campos Neto. “Infelizmente, em um momento tão importante, o presidente do banco central saiu de férias para Miami, o que não ajuda em nada para encontrarmos uma solução para esta crise”, disse Faiad.
Campos Neto, que está de férias desde quinta-feira, se reuniu virtualmente com representantes dos trabalhadores na terça-feira, mas Faiad disse que a reunião foi “um fiasco”, sem propostas. O banco central não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O sistema de pagamentos Pix do banco central tem sido um grande sucesso no Brasil e ganhou aplausos internacionais. O sistema é gratuito para pessoas físicas e permite pagamentos e transferências instantâneas.
Apenas 15 meses após seu lançamento, já foi utilizado por 114 milhões de pessoas no Brasil – 67% da população adulta – movimentando 6,7 trilhões de reais (US$ 1,36 trilhão) e recentemente superando o patamar dos cartões de crédito e débito.
Fonte/Crédito: Reuters.