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2022: Cantareira tem menor volume dos últimos seis anos

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Apesar de especialistas terem receio sobre falta de água nas casas este ano, Sabesp nega o risco de um desabastecimento atualmente. O sistema Cantareira operava neste último domingo com 42.9% de volume.

Fevereiro fecha com déficit de chuvas de 66% em São Paulo

Fevereiro terminou nesta segunda-feira com déficit de chuvas de 66% em São Paulo, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências, este é o segundo fevereiro mais seco da série histórica da instituição, que detém dados desde 1995. 

A falta de chuvas em São Paulo atenuou a piora de volume nos reservatórios de água que abastecem a população. A Cantareira operava neste domingo com apenas 42,9% do seu volume, o que caracteriza o menor número dos últimos seis anos comparado com o mesmo dia 27 de fevereiro. Os dados apresentados são da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). 

Sabesp reafirma que não há risco de desabastecimento

Os especialistas acham que é possível que falte água nas casas neste ano, mas a Sabesp negou haver riscos de desabastecimento no momento atual. 

Mas, vale ressaltar que até sábado, o Centro de Gerenciamento de Emergências de São Paulo registrou 17 dias com chuvas, inferior à média, que é de 21 dias. A média de precipitação até a manhã de domingo foi de 75,1 mm,  o que corresponde a cerca de 34% 

da média do mês que é de 220,8mm. Atualmente fevereiro só perdeu para o mesmo mês em 2018 como mais seco, quando teve um acumulado de 64,0mm. 

Mesmo janeiro tendo sido mais chuvoso, a seca do mês recorrente não foi uma surpresa para Pedro Luís Côrtes, professor do programa de pós-graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP (Universidade de São Paulo).

Todos os sistemas fecharam abaixo da média

De acordo com o professor, as chuvas deram uma impressão às pessoas de que a situação dos mananciais estaria resolvida, mas a previsão climática mostrava que o verão apresentaria um total de chuvas abaixo da média. E, fevereiro apenas confirmou que a previsão estava correta e que os sistemas produtores fecharam o mês abaixo da média. 

Os sistemas que abastecem a região metropolitana de São Paulo fecharam o mês com chuvas abaixo da média e, por conta desse déficit, foi registrado o segundo fevereiro mais seco da média histórica. 

Confira a situação de todos os sistemas produtores que abastecem a região metropolitana de SP

A Sabesp disponibilizou os seguintes dados:

  • No principal sistema produtor da região metropolitana de São Paulo, o Sistema Cantareira, responsável por abastecer cerca de 6,9 milhões de pessoas, choveu 168,1 mm em fevereiro, tendo a média histórica de 203,1 mm; 
  • No Alto Tietê, choveu 173,6mm e a média histórica é de 195,5mm. O reservatório é responsável por abastecer 3,8 milhões;
  • No Guarapiranga, choveu cerca de 137 mm, a média histórica é de 193,8mm e o reservatório abastece 4,4 milhões;
  •  Cotia, teve 135,2mm de chuva em fevereiro e possui média histórica de 177,9 mm. O reservatório atende cerca de 280 mil pessoas;
  • Rio Grande, entretanto, foi o reservatório que mais recebeu volume de chuvas (190,8mm), mais próximo da média histórica(207,5mm). O sistema é responsável por abastecer cerca de 1,4 milhão de pessoas.
  • Rio Claro, teve 194,6 mm de chuvas e tem média histórica de 238,2 mm. O reservatório é responsável por abastecer 1,2 milhão de pessoas. 
  • São Lourenço recebeu 175,4 mm de chuvas, mas possui média histórica de 233,8 mm em fevereiro. O reservatório é responsável pelo abastecimento de 1,1 milhão de pessoas. 

A situação é preocupante por conta do mês que habitualmente é mais chuvoso ter sido o mais seco pela segunda vez na média histórica. Segundo o professor Pedro, a tendência é que as chuvas continuem abaixo da média nos reservatórios nos próximos meses.

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