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Licenças Gestão Bolsonaro – TV’s Católicas e Evangélicas recebem 40% das licenças
67 concessões de TV aberta foram destinadas para entidades ligadas diretamente a grupos religiosos, desde o início do governo Bolsonaro. Realizando a soma, pode se dizer que canais de denominação católica e evangélica tiveram 40% das 166 outorgas as consignações digitais autorizadas.
Entretanto, esse percentual sobressai chegando em 55% se considerar também as licenças cedidas para emissoras de aliados do governo e para a tv brasil, que é comandada através de uma empresa estatal federal. Dentre as emissoras, a recordista é a TV Canção Nova, que recebeu por volta de 34 autorizações de retransmissoras de TV digital em cidades de São Paulo, Ceará, Paraná e Minas Gerais. Dados estes retirados através do Estadão, por meio da lei de acesso à informação.
Conforme as informações obtidas, dando sequência ao ranking, a Católica Rede Vida contou com 17 licenças nos estados de Alagoas, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Amapá. Ainda com a ala católica também fica evidente a TV Aparecida que contou com 4 licenças.
Em comparação às denominações católicas as tvs evangélicas tiveram um número menor nas licenças, no total foram 6 consignações e outorgas. Os canais que receberam essas licenças foram os canais TV Novo Tempo, Assembleia de Deus Amazonas, Igreja Batista da Lagoinha, liderada por Valdemiro Santiago, Rede Mundial.
Fim do sinal analógico
No final de 2023, o sinal de tv analógico será desligado no brasil, há necessidade de adaptação, caso contrário, ficará de fora da grade de opções que é oferecida ao telespectador. O cronograma estabelecido para o fim da tv analógica já foi adiado diversas vezes, o atual governo age para que as cidades brasileiras tenham tv digital antes que encerre o prazo estabelecido para o fim. As consignações e as outorgas não desenvolvem novas emissoras de tv, entretanto permite que os canais que já existem possam sobreviver e ampliar o alcance para o formato digital.
Em uma reunião com a frente parlamentar católica em junho de 2020, Bolsonaro foi cobrado para entregar mais outorgas. Entretanto, o ministério da comunicação informou por meio de nota que não ofereceu tratamento diferenciado para as TVs religiosas, e que a tramitação depende de exigências documentais, além de seguir ordem cronológica.
O Ministério das Comunicações, no mês passado, deu permissão para o parcelamento do valor das concessões de rádio e tv em cotas mensais, valendo tanto para débito em aberto e novas outorgas. Visto isso, atualmente segundo a pasta, a inadimplência chega a 224 milhões.
Presidente Jair Bolsonaro teve cobrança direta por parte das entidades por maior publicidade oficial
De acordo com a revelação do Estadão, em junho de 2020, em uma reunião promovida pela frente parlamentar católica, que teve a participação direta de empresários e figuras religiosas representando tv, o atual presidente Jair Messias Bolsonaro (Sem Partido), obteve cobrança direta por parte das entidades por maior publicidade oficial e um aumento na entrega de outorgas, e em troca, as redes de TV prometeram uma mídia positiva para as ações realizadas pelo governo federal quanto o combate da pandemia do novo coronavírus.