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Gestão de SP afirma não ter tempo para viabilizar festa de rua em abril, mas blocos dizem que vão desfilar no feriado de Tiradentes mesmo sem o aval das autoridades municipais

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Os organizadores de cerca de 50 blocos afirmam que vão desfilar no feriado de Tiradentes apesar de não ter aval da Prefeitura local. 

Desfiles de rua e Prefeitura de São Paulo não chegam a um acordo

Os organizadores de cerca de 50 blocos de São Paulo dizem que farão os desfiles nas ruas da cidade durante o feriado de Tiradentes. Entretanto, a gestão municipal afirma que não há tempo hábil para organizar o evento neste mês. 

O carnaval de rua foi cancelado na cidade ainda no início de janeiro por conta do avanço da variante ômicron. Apesar disso, os desfiles das escolas de samba foram mantidos e adiados para os dias 16, 21, 22, 23 e 29 de abril no sambódromo do Anhembi.

Desde sexta-feira, a Prefeitura de São Paulo enfrenta impasse com os organizadores de blocos de rua, já que em carta pública afirmaram a intenção de realizar os cortejos no feriado de Tiradentes, entre 21 e 24 deste mês.

Apesar de não ter apoio da prefeitura, cerca de 50 blocos pequenos afirmaram que farão desfiles pequenos, sem estrutura de trio elétrico, apenas instrumentos. Enquanto que, os organizadores dos grandes blocos que arrastam multidões continuam aguardando a gestão municipal estabelecer outra data para o cortejo. 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou ser defensor da expressão cultural e da democracia, entretanto, afirma que não há tempo para oferecer a infraestrutura necessária.

Nunes afirma que a gestão do município está trabalhando com diversas possíveis datas para o evento, mas que o ideal seria que os festejos ocorressem em setembro.

O prefeito diz que terá tempo suficiente para conseguir fazer todos os trâmites necessários para oferecer uma infraestrutura adequada para o evento. 

Na sexta-feira, ocorreu uma reunião no Centro Cultural de São Paulo onde quatro secretários municipais e seis entidades que representam 85% dos blocos oficiais da cidade discutiram as possibilidades de realizar o evento. Entretanto, os secretários informaram a falta de disponibilidade da gestão municipal para organizar o evento em curto tempo e ouviram duras críticas dos organizadores perante a falta de comunicação da gestão.

Na segunda-feira, o prefeito chegou a reforçar que o carnaval de rua só deve acontecer quando a gestão conseguir garantir segurança a todos. 

Impasse sobre os blocos de rua se deve a Prefeitura ter tentado transferir responsabilidade da segurança dos desfiles para os organizadores dos blocos

Isso vem sendo dito desde a semana passada, quando a prefeitura de São Paulo tentou transferir a responsabilidade da segurança dos desfiles para os organizadores dos blocos de rua. O prefeito disse que o carnaval poderia ocorrer durante o feriado de Tiradentes, desde que os blocos tivessem condições de bancar sua infraestrutura e segurança necessária para todos. 

Apesar de tantos dizeres, a reunião de sexta foi marcada por não haver acordos e ter tido protestos contra a atual administração de São Paulo. 

Organizadores dos blocos de rua pretendem que desfiles sejam neste mês

Zé Cury, presidente do Fórum de Blocos de Rua ao ser questionado sobre o carnaval ocorrer em junho, o mesmo afirmou que a data é “ruim” já que seria no mesmo período da festa junina, em que vários blocos da cidade já participam habitualmente dos eventos. A data ideal seria para agosto, setembro ou outubro, segundo o presidente. 

Parte dos blocos afirmaram na semana passada através de carta pública o interesse de sair às ruas entre os dias 21 e 24 de abril, período em que também ocorrerão os desfiles das escolas de samba no Anhembi. Os organizadores afirmam que não há mais motivos para a proibição, já que os dados da Fiocruz apresentam queda nos casos de internações e mortes por Covid-19. 

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