ENEM
É recomendado por gestores a reaplicação de itens já usados para o enem de 2022
Por conta da falta de testes já prontos para o exame, a sugestão foi feita por coordenadores e diretores do Inep e mandada para Danilo Dupas, presidente do órgão.
Modelo apresenta possibilidade de reutilizar 4.680 questões no ENEM
Foi enviado um ofício ao presidente, Danilo Dupas, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), pelos coordenadores e diretores do órgão, recomendando a reutilização de questões já utilizadas em provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Devido à quantidade insuficiente de testes prontos para utilizar no exame.
A nota informativa, apresenta data de 23 de março e orienta essa decisão para as provas de 2022 e 2023 do enem. Já que a partir de 2024, o Enem deverá apresentar um novo modelo de prova.
O ofício enviado para a direção do Inep informa que considerando a possibilidade de reutilizar 4.680 questões, que já foram aplicadas para milhões de alunos nas provas anteriores, não há a necessidade de executar novos pré-testes para os exames de 2022 e 2023. Dessa forma, esses esforços seriam utilizados para desenvolver o modelo do novo Enem, que apresenta alto grau de dificuldade.
O documento enviado foi assinado pelo coordenador geral de Instrumentos e Medidas, Robério Alves Teixeira, a diretora de Avaliação da Educação Básica, Michele Cristina Silva Melo, coordenador-geral de Desenvolvimento da Aplicação, Ricardo da Silva, e o diretor de Gestão e Planejamento, Jôfran Lima Roseno.
Todos eles fazem parte de uma nova gestão do órgão que assumiu após a crise que levou 37 servidores do Inep a deixarem seus cargos em novembro do ano passado.
A nota afirma que a quantidade de itens no Banco Nacional de itens (BNI) testados e adequados para serem usados não é suficiente.
Entenda sobre o Banco Nacional de Itens
O Banco Nacional de Itens nada mais é do que uma união de questões adequadas que podem ser utilizadas em provas do Inep, como:
- Enem;
- Enade;
- Saeb;
- Encceja;
- Pisa;
- Revalida.
Todas essas avaliações são formuladas por professores convocados pelo Inep para serem aplicadas. Passando por capacitações e oficinas.
O órgão já declarou anteriormente que o sistema está obsoleto e o banco de questões para serem usadas em provas, está abaixo do desejado para avaliação.
O novo modelo do Enem
No dia 17 de março, foi apresentado por um grupo de trabalho do MEC as designações para o novo modelo de prova do Enem. O GT é responsável por elaborar as ideias que devem fazer parte do exame a partir de 2024.
A mudança do modelo da avaliação tem como objetivo adequar o exame ao Novo Ensino Médio. A prova deverá ser dividida em duas etapas, seguindo o modelo de vários vestibulares do Brasil.
Primeira Etapa do Enem
Nela será cobrada a redação e questões interdisciplinares, como também a parte da formação básica, que será obrigatória. Nessa etapa também será incluída a avaliação da Língua inglesa. A primeira fase será a mesma para todos os candidatos.
Segunda Etapa do Enem
Essa etapa vai estar de acordo com o curso escolhido pelo estudante, modelo bem parecido com a segunda fase dos vestibulares. As opções serão as seguintes:
- Linguagens, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
- Matemática, Ciências Humanas e Sociais;
- Matemática, Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
- Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
De acordo com o GT, 25% da primeira etapa deverá ser de questões discursivas e a prova vai dar mais ênfase para língua portuguesa e matemática. O grupo considera que esse novo modelo vai possibilitar mais de uma aplicação da prova por ano e facilitará a utilização de itens usados em edições anteriores.