Educação
Alunos da rede pública de São Paulo só serão afastados caso tenham mais de um sintoma de Covid-19
Apesar da resolução possuir duras críticas de especialistas, a secretaria estadual alega seguir as normas sanitárias.
Cerca de 3,5 milhões de estudantes retornaram às aulas presenciais na quarta-feira(2)
Os alunos da rede pública de São Paulo já retornaram às atividades presenciais na quarta-feira(2) no estado. E, alunos que estiverem com suspeita de covid-19 só serão afastados das aulas caso possuam, pelo menos, dois sintomas da doença, como dor de garganta e coriza, segundo informação da Secretaria Estadual da Educação.
A norma prevê uma resolução da pasta publicada no Diário Oficial do estado do dia 28 de janeiro de 2022. Na quarta-feira(2), ao menos 3,5 milhões de alunos retornaram às atividades presenciais e, somente na capital paulista, são 960 mil e mais 468 mil na região metropolitana.
O retorno às aulas presenciais é obrigatório, salvo aqueles que tiverem ao menos dois sintomas do coronavírus.
Segundo o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, as pessoas sintomáticas não devem ir à escola. Ou seja, as pessoas sintomáticas são aquelas que possuem apenas dois sintomas. Respeitando o tempo de isolamento, como sétimo dia se possível retornar a escola ou décimo dia.
Apesar da fala, o pediatra Renato Kfouri, do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, é contrário à decisão e defende que crianças e funcionários não devem ir à escola se apresentarem apenas um sintoma. O pediatra afirmou que “sintoma respiratório é igual a caso suspeito. Seja um, dois ou três. Febre, tosse, coriza, dor de garganta, são sinais sugestivos de um quadro viral. E hoje o risco desse quadro viral ser Covid é muito grande”.
Vacinação contra a Covid-19 é obrigatória para o retorno às aulas
A vacinação contra o coronavírus é obrigatória em todo o estado, entretanto, o comprovante só será exigido a partir do segundo bimestre, que começa em 25 de abril. Só será exigido no segundo bimestre para dar tempo de concluir a imunização com as duas doses em todas as crianças de 5 a 11 anos. E, aqueles alunos que não podem se vacinar por contraindicação médica, deverão apresentar o atestado.
Apesar da obrigatoriedade, nenhuma criança será impedida de frequentar as aulas. Porém, dentro do prazo de dois meses(60 dias) a situação não for regularizada, o Conselho Tutelar irá ser comunicado sobre a ausência da imunização.
As regras também serão seguidas por escolas particulares, segundo a resolução da secretaria.
MP instaurou inquérito para apurar eventuais falhas de normas na rede privada para evitar ocorrência de surto de Covid-19
O Ministério Público abriu inquérito para apurar uma eventual falha ao seguir as normas na rede privada e, como forma de evitar a ocorrência de surto nas escolas e colégios na rede privada, é necessário que todos os alunos, funcionários e professores apresentem o exame de Covid-19 com resultado negativo,como forma indispensável para o retorno às aulas presenciais. Caso se recusem, serão afastados por dez dias.
Segundo Benjamin Silva, presidente do Sindicato das Escolas Particulares, ao menos 15 escolas receberam a notificação e acataram as regras estabelecidas.
O mesmo afirma que o pai do aluno não procura apenas a qualidade de ensino, mas também a questão de segurança. Através de nota, a Secretaria Estadual de Educação chegou a afirmar que o afastamento de crianças sob suspeita da doença com dois sintomas é uma regra sanitária, ou seja, só está seguindo as recomendações.
Por conta disso, é necessário que todos estejam cientes das obrigatoriedades e normas de prevenção para evitar o surto e contágio do vírus.