Educação

2023: Programa de Ensino Integral deve chegar a 3 mil escolas em SP

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O programa de ensino integral (PEI) está em duas mil escolas do estado de São Paulo. O programa recebe constantes críticas por conta do horário estendido, os alunos temem não conseguir conciliar os estudos com o trabalho.

Secretário de Educação diz que o PEI chegará a, pelo menos, 3 mil escolas do estado

Rossieli Soares, secretário de Educação do Estado de São Paulo, anunciou nesta terça-feira que o Programa de Ensino Integral (PEI) chegará a pelo menos três mil escolas do estado até o início de 2023. 

O programa está presente em duas mil escolas distribuídas em 464 cidades do estado, de acordo com o secretário, com a expansão, mais 30 municípios irão receber o programa e, cerca de 1,4 milhão de vagas serão oferecidas. 

Rossieli disse que em Fernandópolis, interior de São Paulo, 100% das escolas já possuem o Programa de Ensino Integral. O governador do estado de São Paulo, João Doria, participou do anúncio dizendo que são 100 mil alunos em escolas de tempo integral para um milhão e 122 mil alunos. Também disse que de 364 escolas para mais de duas mil. 

O programa foi criado em 2012 e tem como principal objetivo ampliar a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos estudantes, tanto de forma intelectual e física, quanto socioemocional e cultural. 

A proposta do ensino integral dita o tempo de permanência em sala de aula, de cinco horas para sete horas, ou seja, pode ser das 07h às 14h ou das 14h15 às 21h15. 

Esta mudança faz parte do Plano Nacional de Educação(PNE), a atual expansão do programa corresponde a 25% da meta de matrículas em ensino integral do Plano Nacional de Educação para cada estado da federação.  

Programa de Ensino Integral sofre duras críticas de docentes e estudantes

Por conta do período de permanência em sala de aula ser mais extenso, os alunos da rede estadual temem não conseguir conciliar os estudos com o trabalho. Em dezembro do ano passado, os estudantes da Escola Estadual João Baptista Alves Silva, no Jardim Filhos da Terra, Zona Norte de SP, fizeram um protesto contra o programa. 

A alteração foi questionada por docentes que, como disse uma professora que não quis se identificar em reportagem do G1 na época, o programa é excludente.

A professora disse que o PEI não permite que os jovens trabalhem em outros lugares e sequer façam um curso profissionalizante ou façam ingresso em uma Etec (Escola Técnica). 

Apesar dos protestos de alunos e professores, a Secretaria de Educação informou a todos que caso algum estudante não queira fazer parte do programa, pode solicitar a transferência para outra escola. 

Falta de vagas e solicitação do Ministério Público no início deste ano

Logo no início de 2022, diversas crianças ficaram sem vagas em escolas públicas da cidade de São Paulo, o principal motivo se deu por falta de articulação entre o governo estadual e a prefeitura de SP. No início de fevereiro, o número de alunos sem vaga chegou a, pelo menos, 5.020 crianças. 

Os pais dos estudantes foram informados que a falta de vagas nas escolas de seus respectivos bairros ocorreu por causa da expansão do Programa de Ensino Integral. 

As escolas que ofereciam vagas de manhã e à tarde passaram a oferecer apenas aulas no sistema integral, o que, consequentemente, diminuiu o número de alunos atendidos.

Porém, em nota enviada em fevereiro, a secretaria estadual da Educação negou esta relação de déficit de vagas com o aumento do ensino integral no estado e sua rede de ensino. 

De acordo com a secretaria, houve aumento da demanda de alunos que vieram da rede privada por conta dos impactos econômicos provocados pela pandemia ocasionada pela Covid-19. Neste mesmo período, o Ministério Público enviou ofício para que as secretarias municipal e estadual da Educação de São Paulo resolvessem o problema de falta de vagas no estado. 

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