Economia
Ações da Eletrobrás poderão ser compradas com o FGTS do trabalhador
De acordo com o modelo de capitalização da Eletrobras, definido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e aprovado na terça-feira (19) pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) permite que os trabalhadores comprem ações da companhia por meio de recursos disponíveis no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Entenda como será o esquema de aplicações e compra de ações
A aplicação mínima que será permitida é de R$ 200,00 (duzentos reais) e o teto será de até 6 bilhões. Pessoas físicas poderão comprar, no mínimo, R$ 1 mil em ações da companhia. Neste caso, o limite será de R$ 5 mil. O trabalhador também poderá realizar a compra de ações da Eletrobras de forma direta, ou seja, sem ser por meio do FGTS.
Os empregados e aposentados da estatal poderão comprar até 10% do total das ações ofertadas pela empresa.
De acordo com o governo em nota “Trata-se de uma justa retribuição aos empregados que contribuíram ou que ainda contribuem para o crescimento da empresa”.
Portanto, as expectativas são altas sobre o que será feito.
Tribunal de Contas da União precisa analisar possíveis irregularidades no processo para que o modelo chegue à sua fase final
O modelo precisa ser aprovado pelo Tribunal de Contas da União(TCU) para analisar possíveis irregularidades no processo, após isso ocorrerá a homologação para que seja aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários(CVM) e da assembleia de acionistas da própria Eletrobras.
O passo final é o lançamento do edital com a emissão de novas ações ordinárias na Bolsa de Valores (B3). O governo espera que a privatização da Eletrobras gere uma arrecadação de R$ 100 bilhões aos cofres públicos.
Enquanto isso, a possibilidade de trabalhadores poderem adquirir ações através do FGTS é uma notícia animadora para todos que estão ansiosos pela privatização da estatal.
Cronograma de privatização da Eletrobras: máxima de participação do governo é de 45% após a privatização
O Ministério Minas e Energia informou que a privatização da Eletrobras acontecerá no primeiro trimestre de 2022. Segundo o comunicado, a participação do governo será de, no máximo, 45% da empresa após a privatização.
Caso a oferta primária não seja suficiente, o governo fará uma nova venda de ações. No entanto, a União não terá direito de compra de novas ações para diluir participação. Outro detalhe importante é que a estatal investirá R$ 6,7 bilhões para a revitalização de bacias hidrográficas e navegabilidade, dentro do escopo do projeto de capitalização da própria companhia.
Entretanto, para que tudo ocorra como previsto pelo governo, é necessário o parecer do Tribunal de Contas da União para que o plano ainda fique em pé.
No relatório assinado pelos analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano, o Credit Suisse avaliou como positiva a aprovação da Resolução de desestatização da Eletrobras. De acordo com o banco, ajuda a Eletrobras a se aproximar da privatização e do cenário mais positivo para a companhia.