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Veja mais sobre a redução do Vale-Refeição
O vale-refeição é um auxílio concedido aos trabalhadores para que possam se alimentar enquanto estão em jornada de trabalho. Entretanto, os impactos da inflação afetaram o poder de compra do benefício, o que acarretou a redução para 13 dias. Veja mais.
Vale refeição dura apenas 13 dias
O custo médio da alimentação dos trabalhadores fora de casa continua caro de tal forma que, nem mesmo o vale-refeição é capaz de amortizar a situação enfrentada pelos trabalhadores. Segundo a pesquisa feita pela Sodexo Benefícios e Incentivos, existe de forma explícita, uma desvalorização do benefício em comparação à alta dos preços.
O levantamento levou em consideração o valor médio de R$ 40,64 em uma refeição conforme o apresentado nos dados da ABBT (Associação Brasileira das Empresas e Benefícios ao Trabalhador). Sendo observado também o período de uso do vale-refeição de 22 dias, quantidade média de dias úteis trabalhados no decorrer do mês.
As informações destacadas pela Sodexo, desde o início da pandemia em 2020, até junho de 2022, a média de duração do Vale-Refeição é de apenas 13 dias. Um ano antes, o trabalhador conseguia aproveitar o benefício por 18 dias. Entretanto, atualmente é preciso desembolsar nove dias de refeições do próprio bolso para conseguir bancar o almoço.
Na época, o diretor de Relações Institucionais e de Responsabilidade Corporativa da Sodexo, William Tadeu Gil, afirmou que as empresas estão atentas à defasagem do vale-refeição. O diretor chegou a apontar o aumento de 7,42% no valor do crédito durante o primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período no ano passado.
De acordo com William, “O ajuste aconteceu ‘justamente por entender que a oferta dos benefícios do trabalhador é apenas uma questão estratégica de negócio na atração e retenção dos melhores talentos’”.
Mesmo com isso, a média de reajuste do vale-refeição ficou abaixo da inflação do período. Em março, por exemplo, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 11,3%. Vale lembrar que este é um dos medidores oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Entenda melhor sobre o poder de compra do vale-refeição em cada região
O levantamento apontou também a queda no poder de compra do vale-refeição por região brasileira. A maior variação nos preços para comer fora foi notada principalmente no Nordeste de R$ 23,74 para R$ 40,28. O que significa um aumento de 69,6%.
Em 2013, um prato de refeição custava cerca de R$30,45. Atualmente, o custo é de R$ 36,14.
Na região Sudeste, o vale-refeição teve um aumento de R$ 29,85 para R$ 42,83, o que representou uma alta de 43,4%.
Enquanto que no Sul, o encarecimento foi de R$ 26,55 para o valor de R$ 36,97. Um avanço de 39,2%. Na região Centro-Oeste, um prato de refeição custava R$ 26,85 e passou a ser R$ 34,20, uma alta de 27,3%.
Por conta dessas altas que houve queda no poder de compra dos trabalhadores para conseguir comer fora em jornada de trabalho.
A alta dos preços afeta o território brasileiro por conta de vários fatores, como a guerra na Europa que tem feito subir o preço dos combustíveis e a fragilidade no meio social e político da nação diante dos impactos da inflação e o ano eleitoral que tem sofrido com grandes expectativas.
Vale-Refeição
É importante destacar que o benefício não é uma obrigatoriedade para as empresas, apesar de ser ofertado por grande parte das instituições. Por causa da inflação e a constante alta dos preços que tem reduzido a durabilidade do benefício.