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Presidente diz que acordo entre TSE e o WhatsApp é censura; veja mais detalhes!
Bolsonaro ainda disse que a medida não possui validade para ele e disse para os apoiadores que o acordo é uma representação clara de censura.
Presidente da República afirma que TSE e WhatsApp estão fazendo censura de informações
O presidente Jair Bolsonaro disse na sexta-feira, 15, durante evento com apoiadores em Americana (São Paulo) que o acordo entre o Tribunal Superior Eleitoral e o aplicativo de mensagens instantâneas, WhatsApp, representa censura e que, para ele, não há validade.
Em fevereiro deste ano, o WhatsApp e outras redes sociais fizeram um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral adotando medidas de combate a fake news nas eleições. Na quinta-feira, o WhatsApp anunciou a permissão para envio de mensagens a milhares de pessoas, mas deixou claro que, no Brasil, a ferramenta só será liberada após o período de eleições, o que, de acordo com a empresa, reforça o acordo firmado em fevereiro.
WhatsApp informa que a medida é cautelar perante o período de eleições
Durante o anúncio da decisão, o aplicativo ainda ressaltou que a medida é uma cautela para não “haver nenhum ruído em um ano de eleição”. Na sexta, o aplicativo também informou que não iria comentar sobre as declarações de Bolsonaro.
Entretanto, Bolsonaro disse aos apoiadores que tomou conhecimento de “algo inaceitável, inadmissível e inconcebível” afirmando que o acordo entre TSE e o WhatsApp é apenas uma discriminação e censura. O presidente ainda alegou que “ninguém tira o direito de vocês nem por lei, quem dirá por acordo com o TSE” e acrescentou que o acordo não possui validade e iria tomar providências.
Em transmissão ao vivo em uma rede social, Bolsonaro ainda reforçou as falas. Apesar das declarações do presidente, WhatsApp já adotou políticas específicas em ano eleitoral em outros países, entre eles EUA e Índia.
Durante o período de eleições dos EUA, por exemplo, os usuários do aplicativo só foram permitidos a enviar mensagens para checar informações. Em 2019, a ferramenta de checagem de fatos também foi implantada pelo aplicativo na Índia e a atualização sofreu duras críticas sobre disseminar desinformação.
Entenda melhor o que foi o passeio de moto com Bolsonaro e apoiadores
O Presidente da República chegou às 13h em um evento com apoiadores no recinto da Festa do Peão de Americana em São Paulo. O presidente saiu de São Paulo em um passeio de moto que começou pela manhã e provocou interdições na Marginal Tietê e na Rodovia dos Bandeirantes.
Por conta da agenda de Bolsonaro, tanto a rodovia Bandeirantes quanto a Anhanguera registraram 53 quilômetros de lentidão por volta das 12h.
De acordo com a concessionária que administra o sistema Anhanguera e Bandeirantes, a CCR AutoBan, o início da Bandeirantes em São Paulo foi liberada às 11h com comboio de tráfego sendo realizado pela Polícia Rodoviária Estadual com apoio da empresa.
E, por volta das 12h30, eram 34 km de lentidão na Anhanguera entre Campinas, Jundiaí e Cajamar. Na Bandeirantes eram 19 km de congestionamento em Jundiaí.
Após 20 minutos após a chegada do presidente, os portões do recinto foram fechados e mais ninguém pôde entrar. Alguns apoiadores tentaram pular os portões, mas foram impedidos pela PM.
Logo após os cumprimentos aos apoiadores e o discurso, o presidente deixou o local.
Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informa que gasto com evento de Bolsonaro foi de R$ 1 milhão
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou que o gasto estimado com o evento de Bolsonaro é de R$ 1 milhão, no que se refere ao reforço no policiamento.
De acordo com a Secretaria, o patrulhamento foi intensificado nas imediações do local de concentração, ou seja, na Avenida Olavo Fontoura em São Paulo e na dispersão, em Americana.