Economia
Paulo Guedes afirma que o Brasil está “condenado” a crescer
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil nesta quinta-feira(2) que o Brasil está condenado a crescer, mas que o esforço para combater a inflação vai diminuir o ritmo de expansão.
Esforço para combater a inflação será responsável por diminuir o ritmo de expansão
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (2) que o Brasil está “condenado a crescer”, porém o combate à inflação vai diminuir o ritmo de expansão.
O ministro afirmou que os preços têm subido por conta da desorganização das cadeias produtivas globais. Por conta disso, também sugeriu que o Banco Central independente vai controlar os preços por meio dos juros.
De acordo com Guedes “O Brasil vai crescer. Vai crescer um pouco menos, porque vamos estar combatendo a inflação.” mais tarde ainda no evento sobre concessões de aeroportos, continuou: “Decretamos um Banco Central independente, a primeira vez que vamos ter um Banco Central independente na eleição. Isso é uma demonstração de compromisso com o avanço institucional do país”. O ministro chegou a falar que nos governos anteriores o patamar dos juros foi falsificado antes das eleições.
Inflação dominada para o Brasil voltar a crescer
Para o Brasil voltar a crescer, de acordo com Guedes, a inflação vai ser controlada, vai baixar e, inclusive, o contrário disso é “maluco”.
Entretanto, a economia brasileira recuou 0,1% no terceiro trimestre de 2021, frente aos três meses anteriores. Os dados do PIB (Produto Interno Bruto), divulgados nesta quinta-feira (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, esse foi o segundo trimestre seguido de retração na atividade.
Economistas baixaram a previsão para o PIB em 2021 e em 2022
Os economistas até então têm baixado a previsão para o PIB em 2021 e 2022, mas ainda há indecisão sobre a possibilidade de uma retração no ano que vem.
O levantamento semanal Focus, do Banco Central, mostra que os economistas esperam que o PIB cresça 4,78% este ano e 0,58% no próximo, de taxas de 4,80% e 0,70% esperadas antes.
E, para o ministro da Economia, a Bolsa ter subido mesmo após a notícia da retração aponta que há apostas no crescimento. De acordo com o mesmo “Hoje é um exemplo interessante. Entramos em recessão técnica. O PIB caiu 0,1% no trimestre, e a Bolsa subiu 3%. Se alguém tivesse levando a sério que o PIB vai cair, a Bolsa não estava subindo”, disse Paulo Guedes. E, mesmo com a valorização, a Bolsa acumula ainda uma queda superior a 12% neste ano e, nos últimos meses tem sido intensificado por conta da PEC dos Precatórios que abre espaço no orçamento para mais despesas, tal medida gerou movimentações no mercado de câmbio e juros.
Mas, o ministro ainda afirma que o governo ter perdido o controle sobre as contas públicas é apenas “uma conversa fiada”. Anteriormente, o mesmo afirmou que espera o mercado evitar uma posição “infantil” sobre a medida, que dribla o teto de gastos. O que tem causado um drama por conta de suas falas e as oscilações na Bolsa.