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Líder dos Caminhoneiros recusa benefício proposto pelo governo Bolsonaro, entenda

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O Governo Federal possui o objetivo de evitar uma greve dos caminhoneiros através de um auxílio para a categoria de R$ 1 mil. Mas, o presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, criticou a iniciativa. Confira abaixo. 

Fonte Images: Valter Campanato/Agência Brasil

Auxílio para os caminhoneiros é criticado pela categoria

Foi divulgada na última quinta-feira(7) nota oficial que Chorão, como é conhecido, criticou duramente o auxílio para os caminhoneiros proposto pelo Governo Federal. O valor planejado para ser repassado para a categoria é de R$ 1 mil. De acordo com o dirigente, o valor não resolve os problemas enfrentados pelos caminhoneiros que trabalham de forma autônoma. 

A nota afirma que o auxílio é uma “afronta à inteligência” da categoria e que o pagamento nada mais é que uma tentativa clara de comprar votos. O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) solicitou que o governo federal diga qual é a proposta para repassar o auxílio. Além de ter solicitado que o estado do óleo diesel do Brasil seja divulgado, desta forma, possibilita identificar um possível aumento. 

Categoria afirma que o valor do auxílio é uma esmola

Ao considerar o preço médio do litro do óleo diesel a R$ 7,50, auxílio para a categoria seria de R$ 1 mil, o que possibilitaria a compra de 133 litros. O valor ainda permite percorrer uma distância de 332,5 km. Mas, diante disso, Landim declarou que o caminhoneiro não é burro e, por isso, sabe fazer a conta. 

O cenário é otimista, mas grande parte da categoria autônoma possui veículos antigos que realizam, no máximo, 2 km por litro do combustível. Desta forma, reforçou Landim que a PEC da esmola os caminhoneiros conseguem rodar apenas 266 km, o que é uma falta de respeito. 

O líder da Abrava finalizou a nota solicitando que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), não “duvide da inteligência” dos caminhoneiros, deixando claro que não precisam de esmola, mas de respeito. 

Não é a primeira vez que o valor do auxílio é criticado. Inicialmente o valor proposto era de R$ 400, mas foi duramente criticado pela categoria afirmando que o valor se tratava de uma mixaria. Mas, mesmo com o aumento para R$ 1 mil, ainda não é satisfatório, já que os caminhoneiros autônomos gastam muito mais com o combustível. 

Preço da PPI continua firme 

Entre os principais pedidos solicitados pela Abrava inclui-se as mudanças referentes ao preço dos combustíveis conforme a paridade de importação (PPI). Vale lembrar que a Paridade de Importante é sobre os custos totais para a importação de um produto específico. 

Além disso, o PPI é uma referência calculada de acordo com o preço de compra do combustível mais os custos de sua respectiva entrega. Desta forma, é incluído o valor cobrado no transporte e as taxas portuárias.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pediu à empresa estatal Petrobras que reduzisse os preços, mas não foi atendido. Por conta disso, o presidente da empresa foi trocado, mas mesmo com a mudança na liderança da empresa nada foi mudado. 

Como lembrou Chorão, a paridade de importação continua firme e forte. 

O que não agrada a categoria e tampouco o presidente que tem demonstrado pressa para aprovar benefícios e, inclusive, agradar a categoria que até então lhe prestava apoio eleitoral. 

Com as eleições chegando e sua popularidade negativa por recentes escândalos, o presidente busca ter proximidade com a população mais frágil para ter alguma vantagem política nas campanhas. 

Apesar da iniciativa, não há garantias que o feito será benéfico e o efeito permanente. 

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