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Fake News – CPI da Covid acusa Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro como mandantes das notícias falsas
De acordo com o relatório da CPI, Bolsonaro e filhos são acusados de comandar fake news sobre a Covid-19.
O senador Renan Calheiros (MDB- AL), relator da CPI da Covid, diz que o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e seus três filhos mais velhos, Senador Flávio Bolsonaro (Patriota – RJ), deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) comandaram uma organização de propagação de informações falsas sobre a pandemia, oferecendo prejuízo direto para a saúde dos brasileiros.
A acusação está na proposta de relatório final elaborada pelo senador. No documento, ele afirma tratar-se de “uma intrincada organização fora do controle do poder público, envolvendo a participação de grande número de pessoas, gasto de vultosas quantias financeiras e uso de avançados recursos tecnológicos”. De acordo com o mesmo, a organização teria como objetivo influenciar a opinião da população sobre determinado tema. O principal objetivo disso seria obter vantagens político-partidárias e/ou econômico-financeiras.
O texto “evidencia” a omissão do governo federal sobre a pandemia ocasionada pelo covid-19
O texto chega a afirmar que a CPI da Covid foi capaz de reunir “elementos que evidenciam” a omissão do governo federal na conscientização da população sobre a pandemia. Mostrando não só essa omissão, como também sobre a participação dos Bolsonaro e do primeiro escalão do governo na criação e disseminação de informações falsas, o uso do governo para promover declarações do presidente e o apoio a comunicadores que propagam fake news sobre a pandemia. O que amplificou os riscos de contaminação das pessoas, ocasionando a sobrecarga do sistema de saúde e, lamentavelmente, causaram mais óbitos, de acordo com o relatório.A desinformação sobre a vacina foi relatada no relatório, alegando tal desinformação levou metade da população a se tornar resistente quanto a vacinação.
Renan afirma que as fake news espalhadas por Bolsonaro sobre vacinas são indícios de “incitação ao crime de descumprimento de norma sanitária”. Apesar do governo federal ainda não ter se pronunciado sobre as acusações contra Bolsonaro, Flávio e Carlos Bolsonaro já afirmaram que as acusações de que foram alvo no relatório não possuem fundamento.
Relatório apresentado por Renan Calheiros envolve influenciadores e lideranças religiosas para a propagação de fake news.
Além de explicar de forma intrínseca sobre o ocorrido, no relatório está apresentado não só os Bolsonaro, como também alega que são muitas pessoas envolvidas. Ao todo, pressupõe-se 68 indiciamentos. Sendo dito por Renan Calheiros que a estrutura para desinformação do povo brasileiro inclui-se os assessores do “gabinete do ódio”, parlamentares, políticos, autoridades públicas, lideranças religiosas, empresários, influenciadores de redes sociais, sites alinhados ao governo e, também, perfis anônimos.
As principais fake news sobre a pandemia é sobre origem do coronavírus, protocolos sanitários e a responsabilidade do governo Bolsonaro na pandemia
A propagação das fakes news estava com mira na origem do coronavírus, protocolos sanitários e de isolamento social, tratamentos falsos para a covid, número de mortes pela doença e vacinas. “Quanto mais enganam sua audiência, mais benefícios econômicos obtêm, a despeito das nefastas consequências que vêm causando na pandemia”, diz relatório sobre donos de perfis que espalham ‘desinformação’. A Secretaria de Comunicação do Planalto teria gastado cerca de R$ 4 milhões com influenciadores para espalhar notícias falsas sobre a pandemia.
Com isso, aguardamos o pronunciamento de todos os envolvidos para prestar os devidos esclarecimentos e, é claro, que a verdade e justiça a todos seja feita em prol da dignidade dos cidadãos brasileiros.