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Em viagem oficial na Rússia, Bolsonaro diz que governo deve liberar FGTS para moradores de Petrópolis

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Bolsonaro confirmou que irá sobrevoar a região atingida pelas fortes chuvas na sexta-feira.

Bolsonaro na Rússia

Em viagem oficial para Rússia e Hungria, presidente confirma sobrevoo em áreas atingidas

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira(16), em entrevista para jornalistas brasileiros em Moscou, que o governo federal deve fazer a liberação de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço(FGTS) para moradores de Petrópolis.

A cidade, na região serrana do Rio de Janeiro, foi atingida por chuvas torrenciais na noite de terça-feira(15), que causaram enxurradas, deslizamentos de terra e a morte de dezenas de pessoas.

Os jornalistas questionaram as ações que o governo federal deve tomar, segundo Bolsonaro, em primeiro momento serão adotadas medidas “de praxe” nesses casos. O presidente disse: “como é praxe nessas questões, lamentamos as mortes, mas por exemplo, a liberação do fundo de garantia e a construção de obras emergenciais para restabelecer a transitabilidade na região”.

Bolsonaro deu declaração à imprensa ao lado do presidente da Rússia

O presidente Bolsonaro afirmou que vai sobrevoar a região de Petrópolis nesta sexta-feira(18). Nesta quarta(16), ele cumpriu a agenda oficial da Rússia. Na quinta, vai para a Hungria. Ele iria voltar da Europa direto para Brasília, mas diante do ocorrido, vai mudar o roteiro e fará pouso no Rio de Janeiro.

Reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin

Durante a manhã e início da tarde, Bolsonaro se reuniu com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. O encontro ocorreu no Kremlin, sede do governo russo. A viagem coincide com um momento de crise internacional envolvendo a Rússia. Há algumas semanas Putin tem movimentado tropas na fronteira com a Ucrânia, gesto visto por potências do Ocidente como ameaça de guerra.

Os analistas de relações internacionais julgam a viagem de Bolsonaro neste momento como inoportuna, desgastando a imagem do Brasil com aliados históricos e poderosos, como os Estados Unidos e a União Europeia.

Mas, segundo o governo e o presidente, ressaltaram que nos últimos dias o objetivo da viagem é apenas estreitar relações comerciais, e não discutir a questão ucraniana.

Na reunião com Putin, Bolsonaro sentou-se próximo ao líder russo, graças a cinco exames de Covid a que se submeteu, por exigência das autoridades russas. Os líderes da França e Alemanha, por exemplo, não quiseram se submeter aos testes, com receio de deixar o DNA com o governo da Rússia.

Mas, segundo o blog do Valdo Cruz, o governo brasileiro queria essa imagem de Bolsonaro perto de Putin, passando uma ideia de proximidade entre o presidente e um influente líder mundial.

Questionado pelos jornalistas brasileiros sobre os exames a que foi submetido, o presidente disse que tudo havia sido combinado previamente, antes da viagem.

Os jornalistas questionaram também se algum país solicitou que Bolsonaro não fosse à Rússia, mas Bolsonaro respondeu apenas saber de pedidos neste sentido, mas não especificou quais foram os países.

Bolsonaro chegou a dizer: “O Brasil é um país soberano, sim, tivemos informações de que alguns países gostariam que o evento não se realizasse. Alguns acharam que o pior poderia acontecer com a nossa presença aqui. Eu entendo, a leitura que eu tenho do presidente Putin, que ele é uma pessoa também que busca a paz. Qualquer conflito não interessa para ninguém no mundo”.

“O Brasil é um país pacifista, e o mundo, vale para outros países – tem seus problemas regionais. Aqui existe um problema, e nós somos solidários com todo e qualquer país desde que o caminho para a busca da solução dos impasses seja o pacífico”, completou o presidente.

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